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Publicada em 21 de Abril de 2024 às 12:07

Ato em Copacabana reúne apoiadores e aliados de Bolsonaro contra decisões do STF

Movimento deste domingo pretende capitalizar a discussão criada por Musk, que acusa Moraes de promover censura nas redes sociais

Movimento deste domingo pretende capitalizar a discussão criada por Musk, que acusa Moraes de promover censura nas redes sociais

MAURO PIMENTEL/ AFP/ JC
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Agência Estado
O ato em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Rio de Janeiro, neste domingo, 21, reuniu apoiadores e políticos aliados na praia de Copacabana. A manifestação tentou, sem sucesso, repetir o protesto convocado pelo próprio Bolsonaro na Avenida Paulista, em fevereiro.A manifestação foi aberta pelo presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto. Ele disse que é no Rio onde o partido é mais forte e anunciou os principais nomes da sigla no Estado. O senador Romário (PL-RJ) foi vaiado."Quero cumprimentar todos meus parceiros aqui porque o PL mais forte do Brasil é aqui do Rio de Janeiro" disse. "Temos Bolsonaro, que vota no Rio de Janeiro, Michelle Bolsonaro, Cláudio Castro, Flávio Bolsonaro, Carlos Portinho, Romário, grande jogador", disse Valdemar, para então ouvir vaias do público.O pastor evangélico Silas Malafaia, um dos organizadores do ato pró-Jair Bolsonaro, afirmou que seu foco é o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O ato em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Rio de Janeiro, neste domingo, 21, reuniu apoiadores e políticos aliados na praia de Copacabana. A manifestação tentou, sem sucesso, repetir o protesto convocado pelo próprio Bolsonaro na Avenida Paulista, em fevereiro.

A manifestação foi aberta pelo presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto. Ele disse que é no Rio onde o partido é mais forte e anunciou os principais nomes da sigla no Estado. O senador Romário (PL-RJ) foi vaiado.

"Quero cumprimentar todos meus parceiros aqui porque o PL mais forte do Brasil é aqui do Rio de Janeiro" disse. "Temos Bolsonaro, que vota no Rio de Janeiro, Michelle Bolsonaro, Cláudio Castro, Flávio Bolsonaro, Carlos Portinho, Romário, grande jogador", disse Valdemar, para então ouvir vaias do público.

O pastor evangélico Silas Malafaia, um dos organizadores do ato pró-Jair Bolsonaro, afirmou que seu foco é o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
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"Meu negócio não é STF, meu negócio é Alexandre de Moraes", disse ao Estadão. "Vamos mostrar através de fatos o que está acontecendo nesse País." O pastor deu a declaração ao chegar ao hotel que fica próximo ao local da manifestação e onde Bolsonaro passou a noite.

Malafaia não esconde que o movimento deste domingo pretendia capitalizar a discussão criada por Musk, que acusa Moraes de promover censura nas redes sociais. Em 2022, o bilionário comprou o Twitter (agora X) por US$ 44 bilhões. De lá para cá, a plataforma não só mudou de nome, como também alterou os seus termos de uso, dificultando o trabalho da Justiça brasileira.

Para Musk e aliados de Bolsonaro, as decisões de Moraes no âmbito do inquérito das milícias digitais têm atropelando os princípios do devido processo legal, restringindo a liberdade de expressão por meio da remoção de perfis em redes sociais. Para especialista ouvido pelo Estadão, o ministro do Supremo atravessou o limite em nome da democracia e por achar que redes são risco.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), não compareceu à manifestação em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro na manhã deste domingo, 21, em Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro. Embora sua presença fosse considerada certa pela organização do evento na véspera, o chefe do Executivo paulista ainda não justificou publicamente a ausência.

Pouco depois do fim do ato, Tarcísio publicou nas redes sociais um vídeo da manifestação, parabenizando Bolsonaro pelo evento e afirmando que o ex-presidente "sempre" poderá contar com ele. "Esse mar verde amarelo é um reconhecimento das transformações que a gente viu acontecer na gestão de @jairbolsonaro", escreveu no X (antigo Twitter) e também no Instagram. Na publicação, ele não menciona a ausência.

O Estadão tentou contato com Tarcísio por mensagem, porém não obteve resposta até a publicação deste texto. Da mesma forma, a Secretaria de Comunicação do governo do Estado foi contatada, mas também não retornou. O espaço segue aberto para eventuais esclarecimentos.

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