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Publicada em 10 de Abril de 2024 às 21:25

Discussão entre vereadores resulta em denúncia à Comissão de Ética

Polêmica teve início após manifestações na tribuna do plenário do Legislativo

Polêmica teve início após manifestações na tribuna do plenário do Legislativo

Fernando Antunes/CMPA/Divulgação/JC
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Ana Carolina Stobbe
Ana Carolina Stobbe
Uma discussão entre vereadores na Câmara Municipal de Porto Alegre nesta quarta-feira (10) resultou em uma denúncia à Comissão de Ética do Legislativo. No documento, a parlamentar Mari Pimentel (Republicanos) acusa Moisés Barboza (PSDB) de disseminar informações falsas sobre ela e promover ataques pessoais em seus discursos na tribuna.
Uma discussão entre vereadores na Câmara Municipal de Porto Alegre nesta quarta-feira (10) resultou em uma denúncia à Comissão de Ética do Legislativo. No documento, a parlamentar Mari Pimentel (Republicanos) acusa Moisés Barboza (PSDB) de disseminar informações falsas sobre ela e promover ataques pessoais em seus discursos na tribuna.
Durante o tempo destinado à fala das lideranças durante a sessão plenária, Barboza falou por seu partido realizando uma análise das mudanças de siglas na janela partidária. De acordo com o parlamentar, as negociações entre certos partidos e vereadores para a alteração de legendas teriam envolvido ofertas monetárias.
Como presidente municipal do PSDB, sigla coligada ao Cidadania, o parlamentar afirmou que ambos os partidos não aceitaram “ninguém que veio ofertar dinheiro, recursos, porque o dinheiro ele não compra tudo”. “Eu tenho muito orgulho de fazer parte de um grupo de pessoas que não fez esse tipo de diálogo na janela partidária. Mas a gente sabe que teve”, acrescentou.
Embora não tenha citado nominalmente nenhum dos parlamentares, a vereadora Mari Pimentel afirma, na denúncia, que o discurso se referia a ela. No documento, ela afirma que “o suposto suborno a que ele se refere não está apenas em seu discurso ferino, mas é o que tem sido espalhado por ele e por outros nos bastidores políticos da cidade”. Durante a janela partidária, a política trocou o partido Novo pelo Republicanos.
Em seguida, apresenta capturas de tela de um grupo de WhatsApp, também mostradas em seu discurso no tempo de liderança. Nas imagens, a notícia da filiação de Mari é comentada por Moisés com a mensagem “indignada e p... da cara…”, acrescentando que ela “tentou de tudo, jogou jogo milionário, para vir”. As falas se referem às supostas tentativas de Mari em ingressar no PSDB.
Na troca de mensagens, o atual vice-prefeito de Porto Alegre, Ricardo Gomes (sem partido, ex-PL), respondeu o vereador com uma logo da empresa O Boticário, na qual a família de Mari Pimentel possuía ações, que foram vendidas, conforme afirmou a parlamentar na tribuna.
Após receber a informação da denúncia, Moisés considerou a decisão de Mari “lamentável”. “Previsível em um tempo onde o papel aceita tudo, as pessoas desconhecem o significado da palavra “ética”, onde a prática da distorção, da acusação, da injustiça, são apenas ferramentas eleitoreiras e joguetes. Ela terá que comprovar todas as descabidas e falsas acusações e se retratar após insinuações e ofensas a minha honra e de minha família. Que os integrantes da Comissão de Ética se manifestem. Estou ansioso por isso”, afirmou.
O parlamentar ainda considera que a vereadora “está incomodada desde a CPI (da educação, presidida por Mari), quando ela foi denunciada na Comissão (de Ética) por fraudar a presença de vereadores em uma reunião e por desrespeitar o relator eleito da Câmara. Em minha fala hoje não citei em nenhum momento o nome dela ou de seu partido. Ela só quer criar mais um palco”.

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