A carta que pede aos deputados estaduais para não aumentar impostos no Rio Grande do Sul traz grande diversidade setorial e aposta na capacidade empreendedora dos gaúchos. São 209 entidades que assinam a carta pública, encabeçada pela Federação das Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul) contra aumento de impostos.
O mesmo texto que começou a circular na quinta-feira (04) ganhou mais robustez e já dobra o número de adesões contrárias a alta de impostos - seja pelo aumento da alíquota modal do ICMS ou pelos decretos que cortam benefícios fiscais no Estado -, recebendo adesões de vários setores da economia.
As entidades são dos mais diversos segmentos, desde sindicato de produtores rurais, Sindilojas, Sindicato de hotéis, associações comerciais e industriais, manifestando posição contrária ao aumento da carga tributária e pedindo aos deputados apoio para impedir qualquer tentativa de aumento de impostos.
O texto afirma que possível aumento de ICMS ou corte de benefícios fiscais "retiram renda da população, prejudicam empresas e empregos, atingem alimentos inviabilizando agricultores familiares e setores econômicos inteiros que ainda tentam se recuperar depois de uma pandemia seguida de fenômenos climáticos extremos com três anos de secas sendo encerrados com ciclones e enchentes”.
O movimento ocorre em meio ao debate promovido pelo governo Eduardo Leite (PSDB) para ampliar a arrecadação do Estado. Há a expectativa de que o Palácio Piratini envie, ainda em abril, um projeto ampliando a alíquota do ICMS de 17% para 19%. Enquanto isso, o governador adiou para o início de junho a entrada em vigor dos decretos que reduziriam incentivos fiscais para a produção gaúcha, após 27 entidades ligadas ao agronegócio e ao setor supermercadista assinarem uma carta pedindo a volta do debate sobre o ICMS em troca do adiamento dos decretos.
JC