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Publicada em 25 de Março de 2024 às 13:34

Ministro manda AGU investigar fake news envolvendo Dino e família Brazão

Jorge Messias disse ter determinado "a imediata atuação da PNDD" para investigar os posts falsos

Jorge Messias disse ter determinado "a imediata atuação da PNDD" para investigar os posts falsos

Rafa Neddermeyer/Agência Brasil/Divulgação/JC
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Folhapress
O ministro-chefe da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, disse ter ordenado à PNDD (Procuradoria Nacional da União de Defesa da Democracia) uma apuração "imediata" para averiguar fake news que associa o ministro do STF, Flávio Dino, com os presos por suspeita de mandar matar a vereadora Marielle Franco.
O ministro-chefe da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, disse ter ordenado à PNDD (Procuradoria Nacional da União de Defesa da Democracia) uma apuração "imediata" para averiguar fake news que associa o ministro do STF, Flávio Dino, com os presos por suspeita de mandar matar a vereadora Marielle Franco.
Após a prisão do deputado federal Chiquinho Brazão e do conselheiro do Tribunal de Contas do Rio, Domingos Brazão, críticos de Dino passaram a circular um vídeo em que o ministro surge ao lado do governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSB), e induzem o público a acreditar que, na verdade, Dino estaria ao lado de Brazão.
Em seu perfil no X, Jorge Messias disse ter determinado "a imediata atuação da PNDD" para investigar os posts falsos. "Chegaremos aos responsáveis por mais uma fake news", afirmou.
Determinei imediata atuação da PNDD. Chegaremos aos responsáveis por mais uma fake news.
Vídeo original de Dino com Brandão é de 1º de novembro de 2022. Na época, os dois estavam juntos para celebrar a vitória do presidente Lula (PT) no segundo turno das eleições. Carlos Brandão, que foi eleito governador do Maranhão, não possui relações com o clã Brazão, nem é investigado pela morte da vereadora.

Irmãos Brazão foram presos

A Polícia Federal prendeu neste domingo (24) três pessoas apontadas como os mandantes dos assassinatos de Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes. Segundo a investigação, a motivação para o crime seria a atuação da parlamentar que teria começado a atrapalhar os interesses da família Brazão.

Domingos Brazão

Político carioca, Domingos Inácio Brazão, 59, foi assessor na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Depois, vereador, entre 1997 e 1999, pelos partidos PT do B (atual Avante) e PL.
Foi eleito deputado estadual em 1999 e ocupou o cargo até 2015. Posteriormente, virou conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ). O órgão é auxiliar do Poder Legislativo e tem como função fiscalizar a movimentação financeira do estado.
Uma reportagem do UOL, em 2019, contava que ele era chefe de um clã cujo reduto eleitoral abrangia bairros da zona oeste do Rio dominados por milícias. Domingos nasceu na região, no bairro de Jacarepaguá.

Chiquinho Brazão

Já Chiquinho Brazão (União-RJ) foi eleito pela primeira vez em 2018. É deputado federal e tem uma atuação parlamentar discreta. Relatou somente oito projetos.
O setor mais presente na atuação parlamentar de Chiquinho é a economia. Há três projetos relativos ao tema que estão sob relatoria do deputado.

Rivaldo Barbosa

Rivaldo Barbosa também foi citado na delação de Lessa. Ele tornou-se chefe da polícia um dia antes da morte de Marielle, nomeado pelo general Walter Braga Netto. Rivaldo foi anunciado para o cargo em 22 de fevereiro, durante intervenção federal no Rio, e empossado em 13 de março de 2018.
Suspeito de receber propina para obstruir investigações. Em relatório enviado ao Ministério Público em 2019, a Polícia Federal apontou Rivaldo como suspeito de receber R$ 400 mil para evitar o avanço das investigações sobre autoria. Na ocasião, ele negou o recebimento de propina e a obstrução do caso.

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