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Publicada em 11 de Março de 2024 às 19:39

Prefeitura de Porto Alegre entra com ação contra empresas de energia e de telefonia

 Lei Municipal nº 11.870/2015 obriga as empresas e as concessionárias que fornecem energia elétrica, telefonia fixa, banda larga, televisão a cabo a retirar de postes a fiação excedente e sem uso

Lei Municipal nº 11.870/2015 obriga as empresas e as concessionárias que fornecem energia elétrica, telefonia fixa, banda larga, televisão a cabo a retirar de postes a fiação excedente e sem uso

FERNANDA FELTES/JC
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Agências
A Procuradoria-Geral do Município (PGM) ingressou nesta segunda (11) com ação civil pública contra as empresas CEEE Distribuição, Claro, Oi, Vivo e Tim, buscando responsabilizá-las judicialmente pela falta de manutenção dos fios de telecomunicação e equipamentos instalados nos postes da cidade e que se encontram em desconformidade com as normas aplicáveis ao setor.
A Procuradoria-Geral do Município (PGM) ingressou nesta segunda (11) com ação civil pública contra as empresas CEEE Distribuição, Claro, Oi, Vivo e Tim, buscando responsabilizá-las judicialmente pela falta de manutenção dos fios de telecomunicação e equipamentos instalados nos postes da cidade e que se encontram em desconformidade com as normas aplicáveis ao setor.
Na ação, o município pede que as empresas sejam condenadas a fazer a imediata inspeção e manutenção dessas redes, apresentar relatórios periódicos de conformidade, plano de manutenção e melhoria contínua, estruturação de equipes de emergência, programa de descarte de fios e implementação de canais eficientes de comunicação com a sociedade. Pede ainda que as empresas sejam condenadas por danos morais coletivos e difusos em valor superior a R$ 11 milhões. A Lei Municipal nº 11.870/2015 obriga as empresas e as concessionárias que fornecem energia elétrica, telefonia fixa, banda larga, televisão a cabo ou outro serviço, por meio de rede aérea, a retirar de postes a fiação excedente e sem uso que tenham instalado.
Na fundamentação, o município informa que os postes situados em vias públicas são utilizados pelas operadoras de serviços de telecomunicação para instalação de fios, mediante contratos de compartilhamento de infraestrutura, conforme normatização das agências reguladoras dos setores envolvidos. Apesar de haver um cenário de responsabilidade compartilhada pela manutenção e adequação do cabeamento, a prefeitura entende que a gestão principal dos postes, e dos fios neles instalados, é de responsabilidade da empresa de distribuição de energia elétrica. "Apesar disso, tem se omitido em sua obrigação de fiscalizar e garantir a manutenção necessária", diz o documento, protocolado.
A negligência na manutenção dos cabos compromete a segurança de pedestres e motoristas, além de dificultar a remoção de obstáculos, como postes e árvores caídos após temporais, tornando mais difícil a restauração do fornecimento de energia elétrica, causando prejuízos estéticos à cidade e onerando o poder público, que acaba assumindo os custos do descarte dos fios.
A Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (SMSUrb) iniciou em janeiro uma força-tarefa para retirada de fios e cabos em desuso de empresas de telecomunicações. Até o momento, já foram recolhidas mais de duas toneladas de fios.
 

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