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Publicada em 29 de Fevereiro de 2024 às 20:57

Governadores de Sul e Sudeste rechaçam ideologia no Cosud

Consórcio de Integração Sul e Sudeste se reúne no Rio Grande do Sul em 10º encontro do bloco

Consórcio de Integração Sul e Sudeste se reúne no Rio Grande do Sul em 10º encontro do bloco

Diego Nuñez/Especial/JC
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Diego Nuñez
Diego Nuñez Repórter
“Se o consórcio se envolver em debate eleitoral, o consórcio acaba”. Com essa forte declaração do governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), os governadores dos estados que compõem o Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud) rechaçaram debates ideológicos e eleitorais no bloco.
Se o consórcio se envolver em debate eleitoral, o consórcio acaba”. Com essa forte declaração do governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), os governadores dos estados que compõem o Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud) rechaçaram debates ideológicos e eleitorais no bloco.
A frase encerrou a entrevista coletiva de gestores públicos de quatro dos sete estados do Sul e do Sudeste, concedida após a abertura do 10º encontro do bloco, que se reúne no Rio Grande do Sul até o próximo sábado (2). Houve dois questionamentos em relação à linha ideológica do grupo: uma sobre se possíveis divergências poderiam afetar o avanço do consórcio e outra se as semelhanças poderiam fazer do Cosud um dos dispositivos para pavimentar o caminho do espectro de centro-direita rumo às eleições gerais de 2026.
Há no Cosud pelo menos três quadros políticos tidos, hoje, como propensos presidenciáveis: o governador gaúcho Eduardo Leite (PSDB), Tarcísio de Freitas (Rep), de São Paulo, e Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais. Todos ideologicamente posicionados nos campos do centro à direita.

“Se o consórcio se envolver em debate eleitoral, o consórcio acaba. Se, por alguma razão, o consórcio for um instrumento eleitoral, ele não se sustentará”, declarou Casagrande, encerrando a coletiva.
“O consórcio não é para substituir partido político, nem para discutir candidaturas à presidência da República. O nosso consórcio se destina a formular e implementar políticas públicas”, disse antes.

Leite também afastou a ideia. Um dos principais quadros nacionais dos tucanos e cotado para representar o PSDB na próxima eleição ao Palácio do Planalto, disse que todos podem ser considerados presidenciáveis e que o debate eleitoral não é o foco do consórcio.
“Há um cacoete na sociedade de se encerrar uma eleição e já começar a se prospectar a próxima. A verdade é que, no nosso dia a dia, isso está muito menos presente para nós”, afirmou o gaúcho de Pelotas.

Ratinho Júnior (PSD), chefe do Executivo paranaense, concordou com Leite. “O que menos a gente fala nas nossas reuniões é sobre política. Nossa busca por soluções dos problemas do dia a dia é tão grande que a troca de experiências daquilo que cada governador está fazendo e que deu certo acaba sendo uma solução para a gente”, afirmou.

Romeu Zema, governador de Minas Gerais reeleito no primeiro turno em 2022 e principal quadro do Novo no País, preferiu não responder ao questionamento. Tarcísio de Freitas, um dos ministros mais bem avaliados do governo Jair Bolsonaro (PL) e cotado para conduzir a direita brasileira em uma próxima tentativa eleitoral, só chega ao encontro do Cosud nesta sexta-feira (1), assim como o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL). Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina, não comparecerá ao evento após sentir uma indisposição. 

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