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Publicada em 27 de Fevereiro de 2024 às 20:10

Deputados do RS defendem BM após acusação de racismo

Mais de 20 deputados gaúchos assinaram a Moção de Desagravo que defende a Brigada Militar do RS

Mais de 20 deputados gaúchos assinaram a Moção de Desagravo que defende a Brigada Militar do RS

Camila Domingues/Palácio Piratini/JC
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Diego Nuñez
Diego Nuñez Repórter
Após acusação de racismo envolvendo caso do motoboy negro atacado com faca por homem branco, mais de 20 deputados estaduais do Rio Grande do Sul assinaram uma Moção de Desagravo defendendo a Brigada Militar (BM) do Rio Grande do Sul. O manifesto considera "difamatórias, injuriosas, pejorativas e imprudentes" as "declarações de líderes política contra" a BM.
Após acusação de racismo envolvendo caso do motoboy negro atacado com faca por homem branco, mais de 20 deputados estaduais do Rio Grande do Sul assinaram uma Moção de Desagravo defendendo a Brigada Militar (BM) do Rio Grande do Sul. O manifesto considera "difamatórias, injuriosas, pejorativas e imprudentes" as "declarações de líderes política contra" a BM.
A moção será enviada ao governador do Estado, Eduardo Leite (PSDB), e ao comandante-geral da Brigada, coronel Cláudio Feoli. "Vimos a público, por meio desta Moção, expressar nossa indignação diante das recentes manifestações precipitadas e difamatórias proferidas por agentes políticos do Rio Grande do Sul, atingindo injustamente a honra e a reputação da respeitável Brigada Militar", diz o documento.
Redigida pelo deputados Marcus Vinícius (PP), a moção defende a legitimidade das abordagens policiais e compromisso com o Estado de Direito, a condução "rigorosa e imparcial da sindicância interna que evidenciou a ausência de qualquer conduta racista durante a abordagem", enalteceu as atividades da Brigada, repudia a "antecipação de juízo" de autoridades, incluindo o Ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania Silvio Almeida, faz um apelo em favor da preservação da integridade das instituições e apela para a contextualização dos episódio.
"A Assembleia Legislativa precisa demonstrar solidariedade institucional. As declarações proferidas no Parlamento não foram diretamente aos policiais em ação. Todas as falas se dirigiram de modo amplo à condição da BM como corporação, atribuindo a ela caráter racista no seu trabalho, questões que não condizem com a verdade", disse o parlamentar Marcus Vinícius.
A moção gerou reação da bancada negra na tribuna do Parlamento. "É um equívoco o desagravo. A BM não foi em momento algum atacada enquanto instituição, foi questionada enquanto instituição. A Assembleia, enquanto instituição, é questionada o tempo todo. Não há instituição que seja inquestionável, não deva respostas ao povo", rebateu a deputada Laura Sito (PT), em entrevista.
Ela também questiona declarações do comandante-geral da Brigada. "Feoli atacou lideranças políticas, chamando de canalhas. A fala dele demonstra o problema na instituição. Disse que os policiais militares, ao chegarem na cena, não conseguiram identificar quem os tinha chamado e detiveram o Everton (homem negro) para apaziguar os ânimos. É aí que mora o racismo estrutural. É um completo equívoco o resultado final do inquérito", afirmou a deputada.
 

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