O presidente municipal do partido Novo, Carlos Molinari, afirmou que espera ampliar o voluntariado entre os filiados da sigla para as eleições municipais de 2024. De acordo com Molinari, que assumiu o cargo recentemente, o objetivo da sua gestão é "trazer de volta alguns filiados, apoiadores que, por algum motivo, se afastaram, trazer mais gente também alinhada com os nossos valores, seja para ser candidato a vereador e a prefeito ou para ajudar de alguma forma no projeto".
Para as eleições municipais, previstas para outubro deste ano, Molinari reforçou a vontade do partido em apresentar um candidato próprio para a Prefeitura. "Ainda vamos confirmar os nomes e é claro que os dois mais conhecidos (vereadora Mari Pimentel e deputado estadual Felipe Camozzato) acabam sendo apontados como possíveis candidatos, temos conversas com os dois mas ainda é cedo (para ter uma posição definitiva)", explicou.
O partido Novo não atingiu a chamada cláusula de barreira — ou seja, o percentual mínimo de votos nas últimas eleições, em 2022, para poder exercer alguns direitos eleitorais, incluindo tempo de propaganda eleitoral nos meios de comunicação, acesso ao fundo eleitoral e participação em debates. No entanto, mesmo assim, Molinari está confiante nas eleições municipais.
"Eu acho que o mais importante é pontuarmos nas pesquisas. Em 2016, na primeira eleição que o Novo participou, ninguém acreditava que teríamos sucesso. Elegemos um vereador em Porto Alegre, o Felipe Camozzato. Depois, em 2018, tivemos muito sucesso, elegendo uma bancada muito expressiva um governador em Minas Gerais. Em 2020, o Novo dobrou o número de vereadores", disse o dirigente.
"Agora, chegamos em 2024 em um momento diferente. Tivemos dificuldade nas últimas eleições, mas, se seguirmos nesses passos, a tendência é que a gente faça uma votação expressiva", defendeu Molinari. O presidente municipal ainda afirmou acreditar que, caso o partido pontue bem nas primeiras pesquisas eleitorais, pode ser convidado a participar de debates.
Nas primeiras eleições nacionais que o Novo participou, em 2018, concorreu como presidenciável um dos fundadores do partido, João Amôedo. Apesar de não ter sequer avançado para o segundo turno, Amôedo auxiliou no crescimento e na popularização da sigla e, em 2022, anunciou sua desfiliação. Ao ser questionado sobre o impacto que a perda dessa figura pode ter nas eleições municipais, Molinari não demonstrou preocupação.
"Ele acabou se afastando do partido e hoje o partido ainda segue os mesmos valores", explicou, complementando ainda que há outras lideranças de destaque na sigla, citando os nomes do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, e do deputado federal Marcel van Hattem.
Embora o partido seja lembrado pela sua relação próxima ao empresariado, Molinari defende que o Novo congrega pessoas de diferentes profissões e que, para as eleições municipais, isso deve se intensificar. "Tem empresários engajados, seja para ajudar na captação de recursos ou para se candidatar. Mas eu acho que o mais difícil é a gente conseguir pessoas dispostas a encarar esse desafio porque a gente precisa primeiro achar pessoas alinhadas e segundo, que é o mais difícil, essas pessoas têm que querer", completa o dirigente.