O vereador Pablo Melo (MDB) foi escolhido pelo partido para representá-lo na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigará a atuação da CEEE Equatorial em Porto Alegre. Com autoria de Cláudia Araújo (PSD), atual vice-líder do governo de Sebastião Melo (MDB) na Câmara, a proposta de CPI recebeu mais do que o dobro de assinaturas necessárias para a sua instauração na Câmara Municipal de Porto Alegre, reunindo partidos aliados e de oposição.
Em entrevista ao Jornal do Comércio, ele afirmou acreditar que o legislativo municipal “tem que dar uma resposta, porque os vereadores são os primeiros a serem cobrados, já que estão mais próximos da população”. Ele espera, ainda, que a Comissão da Câmara forneça dados e seja complementar à CPI proposta pelo deputado Miguel Rossetto (PT) na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul e que também investigará a RGE. “Nosso maior objetivo é subsidiar o governo do Estado a tomar as devidas atitudes e dar uma resposta para a população. O próprio governador Eduardo Leite (PSDB) já sugeriu a cassação da concessão (da Equatorial)”, defendeu Melo.
Quando questionado sobre a possibilidade da Comissão exercer críticas ao governo de seu pai, Sebastião Melo, em especial sobre a responsabilidade pela retirada de árvores caídas em vias públicas durante temporais, ele afirmou esperar que a investigação não tenha cunho “ideológico”. “A responsabilidade pela supressão de árvores (que ladeiam a fiação) é da Equatorial, não da prefeitura de Porto Alegre. Nós não vamos levar (a discussão) para uma disputa eleitoreira. A gente quer saber o que eles estão omitindo e o que eles estão deixando de fazer”, considerou.