O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) permaneceu nesta terça-feira (30) por 40 minutos na sede da Polícia Federal (PF) no Rio de Janeiro. O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é alvo de investigações que miram monitoramentos ilegais feitos pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante a gestão do ex-mandatário e tinha depoimento marcado para esta terça-feira.
O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) permaneceu nesta terça-feira (30) por 40 minutos na sede da Polícia Federal (PF) no Rio de Janeiro. O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é alvo de investigações que miram monitoramentos ilegais feitos pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante a gestão do ex-mandatário e tinha depoimento marcado para esta terça-feira.
O vereador se apresentou à sede da corporação no Rio de Janeiro, no centro da capital fluminense, por volta das 10h, acompanhado de seu advogado, Antônio Carlos Fonseca. Deixou o local às 10h40min.
Na segunda-feira, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados a Carlos - uma casa, seu gabinete na Câmara Municipal e seu escritório político. Nessa ação, a corporação mirou pessoas que foram destinatárias das informações produzidas de forma ilegal pela agência de inteligência do governo federal.
Na decisão em que autorizou as buscas, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, relata que o objetivo da PF foi "avançar no núcleo político, identificando os principais destinatários e beneficiários das informações produzidas ilegalmente no âmbito da Abin".
A ação desta segunda-feira é uma nova frente investigativa mirando a família Bolsonaro, que nos últimos anos esteve no centro de apurações envolvendo, por exemplo, a prática de "rachadinha" e a articulação de milícias digitais.
Carlos Bolsonaro, que foi o principal responsável pela estratégia de campanha online na eleição presidencial de 2018, já tinha sido incluído em inquérito sobre disseminação de fake news, ainda durante o mandato do pai.
A autorização para as buscas - que foram solicitadas pela PF e tiveram parecer parcialmente favorável da Procuradoria-Geral da República - tem como base uma mensagem de 2020 em que uma assessora de Carlos pede, por meio de uma auxiliar de Alexandre Ramagem, então chefe da Abin, que levante informações sobre investigações contra o então presidente da República e seus filhos.