{{channel}}
Em Porto Alegre, 95% dos vereadores devem tentar reeleição
Pelo menos quatro parlamentares devem aproveitar janela partidária para mudar de sigla
Por Ana Carolina Stobbe
As eleições municipais estão previstas apenas para outubro deste ano e já começam a movimentar os vereadores com mandato vigente em Porto Alegre. Dos 36 parlamentares, 34 deles planejam concorrer novamente para tentar a reeleição. A disputa proporcional também promete movimentar o cenário partidário da Capital, com alguns quadros trocando de legenda.
Continue sua leitura, escolha seu plano agora!
Já é assinante? Faça login
As eleições municipais estão previstas apenas para outubro deste ano e já começam a movimentar os vereadores com mandato vigente em Porto Alegre. Dos 36 parlamentares, 34 deles planejam concorrer novamente para tentar a reeleição. A disputa proporcional também promete movimentar o cenário partidário da Capital, com alguns quadros trocando de legenda.
Dentre os que manifestaram que devem participar do pleito municipal, há vereadores que podem concorrer a outros cargos políticos, sinalizando que, caso esses cenários não se concretizem, estarão buscando mais uma vez uma vaga no Parlamento.
É o caso de Mari Pimentel (Novo), cujo interesse em concorrer à prefeitura de Porto Alegre já foi apresentado ao partido, que deverá tomar a decisão entre ela e o deputado estadual Felipe Camozzato em convenção neste ano.
Outro é de Cláudia Araújo (PSD), que trabalha com a possibilidade de também candidatar-se ao Executivo municipal, visto que é um desejo do partido, conforme afirmou sua assessoria. Internamente, também há quem defenda que a política deva pleitear uma vice-candidatura na chapa do prefeito Sebastião Melo (MDB), que almeja a reeleição.
Apenas dois vereadores não pretendem concorrer à reeleição
A atual composição da Câmara Municipal pretende se manter atuante para os próximos quatro anos, com apenas dois parlamentares sinalizando que não pretendem concorrer à reeleição: João Bosco Vaz (PDT) e Engenheiro Comassetto (PT). Ambos afirmaram acreditar na necessidade de renovação do Legislativo.
"Estou completando duas décadas de atuação no Legislativo Municipal. Ao reconhecer, neste período que se avizinha, a importância da renovação política e geracional, considerando os acúmulos das lutas sociais que elegeu a bancada negra em Porto Alegre em 2020 e em diversas cidades do nosso país, manifesto meu apoio à candidatura do coordenador político do nosso mandato, Brunno Mattos. Acredito que sua dedicação, visão e comprometimento com as lutas comunitárias e da nossa capital são essenciais para conduzir nossa missão de servir à sociedade de maneira dinâmica e eficiente. Juntos, seguimos promovendo a renovação necessária para enfrentar os desafios do nosso tempo", explicou Comasseto, que integra a mesa diretora da Casa neste ano.
Já o pedetista alegou que a decisão foi tomada em família: "Estou no meu sétimo mandato, já dei minha contribuição. É preciso renovar a Câmara, dar espaço para novas lideranças. A política é muito desgastante para quem se dedica a ela. Não dá para se dedicar só perto da eleição. Eu, neste tempo todo, tirei 15 dias do mês para visitar meus grupos de apoio. Quero viver mais, sem compromissos".
Janela partidária movimentará troca de siglas
Durante o período de janela partidária que, neste ano, vai de 7 de março a 5 de abril, é permitido que políticos que pretendem candidatar-se novamente às eleições possam trocar de sigla sem incorrer em infidelidade partidária — o que pode levar à cassação do mandato vigente se realizado em outros momentos. No Legislativo municipal, já é possível observar a movimentação de, pelo menos, quatro parlamentares.
Enquanto Giovane Byl já afirmou ter acertado que trocará o PTB pelo Podemos, a o partido Novo dá como certa a recepção do vereador Ramiro Rosário (PSDB), embora este prefira deixar o anúncio oficial para março. Nos bastidores, afirma-se que Jesse Sangalli pode migrar do Cidadania para o PL e Cassiá Carpes do PP para o Cidadania. Já Hamilton Sossmeier, que presidiu a Casa no último ano, alega não ter definido se permanecerá no PTB, partido que se fundiu com o Patriota, originando o Partido da Renovação Democrática (PRD).
Câmara contará com pelo menos uma cadeira a menos em 2025
De acordo com a Constituição Federal, municípios que tenham entre 1,2 milhão e até 1,35 milhão de habitantes podem ter no máximo 35 vereadores. Porto Alegre, atualmente, conta com 36 cadeiras na Câmara, mas, de acordo com o Censo apresentado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no ano passado, está 1,29% abaixo da cota limite para a manutenção dos cargos.
Por isso, será necessário que o Legislativo municipal vote ao longo do ano o projeto de alteração da Lei Orgânica que reduz o número de parlamentares. Elaborado pela mesa diretora da Casa de 2023, ele foi recebido pelo atual presidente, Mauro Pinheiro (PL), o qual já indicou que seguirá sua tramitação, visto que já foi recebida uma notificação do Ministério Público solicitando a mudança.
Confira a lista completa de vereadores que planejam concorrer à reeleição
PSDB
- Gilsomar da Silva
- Marcelo Bernardi
- Moisés Barboza
- Ramiro Rosário *
PSOL
- Alex Fraga
- Karen Santos
- Pedro Ruas
- Roberto Robaina
PT
- Adeli Sell
- Aldacir Oliboni
- Jonas Reis
MDB
- Idenir Cecchim
- Lourdes Sprenger
- Pablo Melo
PP
- Cassiá Carpes *
- Monica Leal
- Comandante Nádia
PTB**
- Giovane Byl *
- Hamilton Sossmeier *
- Tanise Sabino
Novo
- Mariana Pimentel
- Tiago Albrecht
PCdoB
- Abgail Pereira
- Giovani Culau
PDT
- Márcio Bins Ely
PL
- Mauro Pinheiro
- Fernanda Barth
Republicanos
- Alvoni Medina
- José Freitas
Cidadania
- Jesse Sangalli *
PSB
- Airto Ferronato
PSD
- Cláudia Araújo
Solidariedade
- Cláudio Janta
União Brasil
- Cláudio Conceição
* Vereadores que sinalizaram a possibilidade de troca de partido.
** O PTB passará a integrar o Partido da Renovação Democrática (PRD), criando a partir da fusão com o Patriota.