O projeto de lei que declara o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra como feriado em todo o País foi sancionado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, na quinta-feira (21). O texto havia sido aprovado pelo Congresso Nacional no fim do mês de novembro. Celebrada no dia 20 de novembro, a data remete a morte de Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares, um dos maiores do Brasil durante o período colonial, e de resistência contra a escravização negra no Brasil.
O projeto de lei que declara o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra como feriado em todo o País foi sancionado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, na quinta-feira (21). O texto havia sido aprovado pelo Congresso Nacional no fim do mês de novembro. Celebrada no dia 20 de novembro, a data remete a morte de Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares, um dos maiores do Brasil durante o período colonial, e de resistência contra a escravização negra no Brasil.
Atualmente, a data é feriado apenas em seis estados - Mato Grosso, Rio de Janeiro, Alagoas, Amazonas, Amapá e São Paulo - e em mais de 1,2 mil cidades por meio de leis municipais e estaduais, mas a partir de 2024 deverá ser observada em todo o território nacional. Desde 2003, as escolas passaram a ser obrigadas a incluir o ensino de história e cultura afro-brasileira no currículo. Em 2011, a então presidente Dilma Rousseff oficializou o 20 de novembro como Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra.
A Câmara dos Deputados aprovou no dia 29 de novembro o projeto de lei que torna o Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, feriado nacional. O texto já tinha sido aprovado pelo Senado. Pelo projeto, a data será chamada Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra. Foram 286 votos a favor, 121 contra e duas abstenções. A data é uma homenagem a Zumbi dos Palmares, líder do Quilombo dos Palmares, morto em 1695, e símbolo de resistência contra a escravidão. "Zumbi dos Palmares foi um homem que conseguiu manter a chama viva, ardente em nossos corações, nas nossas veias, nas nossas almas, que fez com que esse Brasil pudesse reconhecê-lo como herói da pátria brasileira. Não herói dos negros, é herói da pátria brasileira. Não é apenas um feriado qualquer, é uma história do Brasil", destacou a deputada Benedita da Silva (PT/RJ).
A relatora Reginete Bispo (PT-RS) disse que a data servirá para aumentar os esforços de combate ao racismo e de promoção da igualdade racial. "Talvez pareça a muitos uma iniciativa menor, meramente simbólica. Mas não o é. Porque símbolos são importantes. São datas alusivas ao que o país considera mais relevante em sua história", comentou.
Para os deputados contrários, a declaração de feriado prejudica setores da economia e a data deve ser estipulada por assembleias estaduais e municipais, como é atualmente. "No mês de novembro já temos muitos feriados, isso teria de ser decisão das câmaras municipais", argumentou o deputado professor Paulo Fernando (Republicanos-DF).
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, celebrou a aprovação do projeto. Para ela, simboliza a importância da luta dos movimentos negros para a história do Brasil. "É uma vitória expressiva e simbólica para o povo brasileiro. As datas comemorativas e feriados nacionais guardam e revelam valores que são importantes para uma nação, e ter o Dia da Consciência Negra uma data de luta dos movimentos negros, tendo sua vitória reconhecida, é de grande valor para a construção da memória deste país".