Cpers protesta contra pacote de mudanças na educação

A maior parte dos manifestantes eram professores e servidores das escolas estaduais, pais, estudantes e demais lideranças de segmentos educacionais

Por Gabriel Margonar

Integrantes do sindicato dos professores se reuniram na Praça da Matriz
Enquanto na Assembleia Legislativa os deputados estaduais gaúchos votavam o pacote de mudanças na educação posto em regime de urgência pelo governo estadual, do lado de fora do plenário, na Praça da Matriz, o Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers), em parceria com a Central única dos Trabalhadores (CUT), realizou uma manifestação contrária aos projetos e ao governo Eduardo Leite (PSDB). Segundo os organizadores, cerca de 550 pessoas participaram do ato. A maior parte dos manifestantes eram professores e servidores das escolas estaduais, pais, estudantes e demais lideranças de segmentos educacionais.
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Ao todo, são quatro projetos de autoria do Executivo estadual que estavam na pauta desta terça-feira (12): PLC 517 (que busca instituir o Marco Legal da Educação Gaúcha), PL 518 (propõe mudanças na composição do Conselho Estadual de Educação), PL 519 (dispõe sobre a gestão democrática do ensino público estadual) e PL 520 (aborda a Política Estadual de Educação Profissional e Técnica). Ainda, estas propostas trancam a pauta de votação a duas semana do recesso parlamentar.
Entre os aspectos mais criticados pelo Cpers, o pacote de mudanças proposto por Leite contribuirá para o sistema de municipalização - transferência da responsabilidade pelo Ensino Fundamental para as escolas das redes municipais -, além de neutralizar o Conselho Estadual de Educação (CEEd-RS). Para a presidente do sindicato, Helenir Aguiar Schürer, esses projetos fazem parte de uma sequência de ações do governador, que “tem devastado a educação gaúcha como uma praga”.
Também presente nas manifestações, o vereador Pedro Ruas (PSOL) endossou as críticas ao governo e criticou os apoiadores de Leite.
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“O governador possui um ódio profundo pelos servidores públicos e não tem qualquer compromisso ou apresso pelo nosso Estado. Todas as propostas que vem do executivo [estadual] tem essa mesma linha de retirada de direitos e, o que mais me envergonha, é que uma parte da Assembleia ainda o respalda”, lamentou.