Porto Alegre inicia o ano de 2024 com o cenário já pré-consolidado para as eleições municipais. Enquanto o prefeito Sebastião Melo (MDB) tem uma base consistente de apoio à reeleição, congregando siglas do centro à direita, os partidos do campo de esquerda buscam unidade para definir uma chapa competitiva a fim de retomar o comando do Paço Municipal após 20 anos. As principais incógnitas estão na eventual candidatura da federação PSDB/Cidadania e na provável aliança entre PDT e PSB.
Porto Alegre inicia o ano de 2024 com o cenário já pré-consolidado para as eleições municipais. Enquanto o prefeito Sebastião Melo (MDB) tem uma base consistente de apoio à reeleição, congregando siglas do centro à direita, os partidos do campo de esquerda buscam unidade para definir uma chapa competitiva a fim de retomar o comando do Paço Municipal após 20 anos. As principais incógnitas estão na eventual candidatura da federação PSDB/Cidadania e na provável aliança entre PDT e PSB.
Para governar novamente a Capital, Melo deve contar com o apoio de pelo menos sete partidos: PL, Pode, PP, PSD, PTB, REP e SD. As siglas já declararam apoio formal, compõem a base aliada na Câmara Municipal ou têm uma tendência interna consistente para acompanhar o prefeito.
Ainda assim, Melo terá adversários no campo da direita. O União Brasil lançou a pré-candidatura do deputado estadual Thiago Duarte, que tem atuação junto à classe médica porto-alegrense. O Novo também deve ter candidatura própria. O favorito é o deputado estadual Felipe Camozzato, embora a vereadora de Porto Alegre Mari Pimentel também postule a candidatura. O partido só tomará uma decisão em convenção a ser realizada no ano que vem.
A chapa formada por MDB e PSDB, que venceu o governo do RS em 2022 e conquistou a primeira reeleição da história do Estado, não deve repetir a dobradinha. Federados, PSDB e Cidadania analisam as opções para 2024, e a tendência de momento é a apresentação de candidatura própria. Os tucanos estudam o nome da deputada estadual Nadine Anflor, tendo o chefe da Casa Civil do RS, Artur Lemos Júnior, como opção. A deputada federal Any Ortiz é o nome apresentado pelo Cidadania.
Outra chapa majoritária para a Capital pode ser composta por PDT e PSB, que ensaiam repetir a aliança da disputa pela prefeitura em 2020, quando Juliana Brizola (PDT) teve Professora Malu (PSB) como vice. Em 2024, Juliana pode novamente figurar nos debates, enquanto a sigla também estuda o nome do procurador de Justiça Vieira da Cunha, que concorreu ao governo do RS em 2022. O indicado pelo PSB é o vereador Airto Ferronato.
O PDT chegou a ser citado pelos partidos na esquerda porto-alegrense como um possível aliado em uma teórica frente ampla. Conforme as pré-candidaturas de PT, PSOL e PCdoB foram se consolidando, essa possibilidade passou a ser rechaçada internamente pela legenda.
Assim como em 2020, a esquerda da Capital ensaiou realizar primárias ou prévias para indicar um nome de consenso: uma possibilidade que novamente deve ficar no campo das ideias. Às vésperas do ano eleitoral, os partidos já têm nomes consolidados para compor as chapas. Ainda não há definição sobre quem deve ser cabeça e quem deve concorrer como vice.
O PT indicou a deputada federal Maria do Rosário, após desistência da deputada estadual Sofia Cavedon (PT). Outro nome apresentado pela federação PT/PCdoB/PV é o da ex-deputada federal Manuela d'Ávila (PCdoB), que foi adversária de Melo no segundo turno em 2020.
O PSOL apresentou uma chapa completa, com a deputada estadual Luciana Genro na cabeça e a servidora pública Tamyres Filgueira como vice. O partido defende a realização de prévias para escolher quem deve liderar o processo eleitoral na chapa conjunta de esquerda, mas não colocou como condicionante. Os partidos devem articular uma forma para tomar essa decisão.
Hoje, há forte tendência interna de que o PT tenha a cabeça de chapa com Maria do Rosário como candidata a prefeita e Tamyres Filgueira como vice. É uma possibilidade admitida inclusive por lideranças do PSOL.
As escolhas de nomes e principalmente a forma com que as decisões foram tomadas têm gerado críticas de antigos e novos líderes dos partidos envolvidos. Nomes como o ex-governador Tarso Genro (PT, 2011-2014), o jovem deputado estadual Matheus Gomes (PSOL) e Manuela se posicionaram a favor de um processo mais amplo e democrático.
O PSTU lançou a auxiliar de enfermagem Fabiana Sanguiné à prefeitura. Ela já havia sido candidata ao Senado em 2022.