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Publicada em 17 de Dezembro de 2023 às 19:12

Proposta na Assembleia quer derrubar decretos de Leite que revêem benefícios fiscais no RS

Deputado Rodrigo Lorenzoni ingressou com proposta na CCJ da Assembleia Legislativa

Deputado Rodrigo Lorenzoni ingressou com proposta na CCJ da Assembleia Legislativa

LUIZA PRADO/JC
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Após a publicação de decretos que reduzem benefícios fiscais a 64 setores da economia gaúcha, realizada pelo governo Eduardo Leite (PSDB) de forma a antecipar a votação do projeto do Executivo que propõe a majoração da alíquota básica do ICMS de 17% para 19,5%, uma proposta na Assembleia Legislativa busca derrubar atos do Palácio Piratini.
Após a publicação de decretos que reduzem benefícios fiscais a 64 setores da economia gaúcha, realizada pelo governo Eduardo Leite (PSDB) de forma a antecipar a votação do projeto do Executivo que propõe a majoração da alíquota básica do ICMS de 17% para 19,5%, uma proposta na Assembleia Legislativa busca derrubar atos do Palácio Piratini.
Pouco tempo após publicação de edição extra do Diário Oficial do Estado, o deputado estadual Rodrigo Lorenzoni (PL) ingressou com um requerimento à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Parlamento gaúcho para uma Proposta de Sustação de Atos do Poder Executivo.

A proposta derruba os cinco decretos publicados pelo governo do Estado em 16 de dezembro de 2023. O requerimento é destinado ao líder da base aliada do governo Leite no Legislativo, deputado estadual Frederico Antunes (PP), que preside a CCJ.

“É oportuno esclarecer que compete, exclusivamente, a este Parlamento a Sustação de Atos do Poder Executivo que exorbitem o poder de regulamentar, conforme designa o inciso XIV do Art. 53 da Constituição do Estado. A regulamentação de como o Parlamento Gaúcho deve proceder para alcançar este fim, ou seja, o rito de sustação dos atos, está lavrado nos Art. 226, 227, 228 e 228-A do Regimento Interno da Assembleia Legislativa”, afirma a justificativa, argumentando em favor da constitucionalidade da proposta.

A proposta afirma a publicação dos decretos evidencia "abuso de poder regulador, quando, por meros decretos discricionários e unilaterais, o Executivo acaba por tomar medidas drásticas, que podem desestabilizar todo o setor econômico, produtivo e de consumo do Estado sem que tenha havido qualquer diálogo com a Assembleia Legislativa”.

“A dimensão que este ato unilateral implica, em que pese alegue-se que se encontra na seara de competências do Poder Executivo, é de um impacto colossal na vida de todos os cidadãos gaúchos. Portanto, não cabe que tal medida se de através de Decreto, extrapolando todos os limites da razoabilidade e proporcionalidade, tendo um desvio de finalidade claro quando, via decreto, toma medidas que impactam de forma vital toda o ordenamento econômico do Estado que foi construindo ao longo das últimas décadas no Estado do Rio Grande do Sul”, diz ainda o texto.

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