Mesmo distante, o cenário político para as eleições presidenciais de 2026 foi assunto durante a visita do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, nesta sexta-feira (17) a Esteio, na Região Metropolitana de Porto Alegre, onde participou do ato de filiação de prefeitos e vice-prefeitos ao Partido Liberal (PL). Responsável pela condução da solenidade, o presidente estadual do PL, Giovani Cherini, disse por diversas que Bolsonaro vai disputar a eleição de 2026. "Não existe plano A ou B para as eleições presidenciais de 2026 no Brasil. A opção certa é Jair Bolsonaro", destacou o parlamentar para delírio do público que lotou a Casa do Gaúcho, em Esteio. A todo o momento, Bolsonaro era chamado de "Mito" e diversas vezes ele foi interrompido porque as pessoas pediam a sua candidatura a presidência da República.
No seu discurso, o ex-presidente da República não tratou sobre a possibilidade da sua candidatura para um segundo mandato presidencial. Bolsonaro afirmou que na sua gestão não havia o balcão de negócios que existe no governo do PT. "No nosso governo, tratamos o povo brasileiro com respeito, em especial o do Nordeste, que nunca deixou de receber dinheiro do governo federal", comentou. Segundo Bolsonaro, na sua gestão todos ganharam dinheiro com o governo federal. Sobre a inelegibilidade, o ex-presidente disse não ter cometido crime algum. "Estive reunido com embaixadores estrangeiros e não fiz nada demais. Estive com Luciano Hang, presidente da Havan, e isso é considerado crime. Tem presidente que se reúne com traficantes em favelas cariocas e nada acontece", ressaltou. Conforme Bolsonaro, o Partido Liberal quer o melhor para o Brasil e para o Rio Grande do Sul e este objetivo será atingido com os novos filiados que vão disputar eleições municipais e estaduais.
Por maioria de votos (5 a 2), o Plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) declarou em junho deste ano a inelegibilidade do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, por oito anos, contados a partir das eleições 2022. Foi reconhecida a prática de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante reunião realizada no Palácio da Alvorada com embaixadores estrangeiros no dia 18 de julho do ano passado. Na época, Walter Braga Netto, que compôs a chapa de Bolsonaro à reeleição, foi excluído da sanção, uma vez que não ficou demonstrada sua responsabilidade na conduta.