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Eleições

- Publicada em 07 de Novembro de 2023 às 10:34

TRE-RS julga ação de inelegibilidade contra o prefeito de Bagé, Divaldo Lara

MP Eleitoral acusa Lara de abuso de poder político e econômico na eleição de 2020

MP Eleitoral acusa Lara de abuso de poder político e econômico na eleição de 2020


PREFEITURA DE BAGÉ/DIVULGAÇÃO/JC
O pleno do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (TRE-RS) julga, nesta terça-feira (7), às 14h, recurso contra o prefeito de Bagé, Divaldo Lara (PTB), relativo às eleições de 2020. O Ministério Público (MP) Eleitoral acusa o chefe do Executivo e seu vice, Mário Mena Kalil (PT), de abuso de poder político, acusando também ambos, e o empresário varejista Luciano Hang, de abuso de poder econômico. O órgão pede a cassação da chapa de Lara e Kalil e a inelegibilidade de Lara e Hang por oito anos, além da realização de novas eleições.
O pleno do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (TRE-RS) julga, nesta terça-feira (7), às 14h, recurso contra o prefeito de Bagé, Divaldo Lara (PTB), relativo às eleições de 2020. O Ministério Público (MP) Eleitoral acusa o chefe do Executivo e seu vice, Mário Mena Kalil (PT), de abuso de poder político, acusando também ambos, e o empresário varejista Luciano Hang, de abuso de poder econômico.
O órgão pede a cassação da chapa de Lara e Kalil e a inelegibilidade de Lara e Hang por oito anos, além da realização de novas eleições.
A ação, movida pela coligação Unidos por Bagé, encabeçada pelo PT e adversária de Divaldo Lara nas últimas eleições municipais, aponta dois fatos que caracterizariam irregularidades. No primeiro, o candidato à reeleição realizou uma live veiculada no Facebook na reta final da campanha, no qual Hang declara apoio ao político.
Ambos estão em frente ao terreno destinado à instalação de uma unidade da Havan, e Lara faz ataques ao então adversário Luiz Fernando Mainardi (PT), afirmando que o município de Bagé não receberia os investimentos do empresário caso o petista fosse eleito, ou seja, “condiciona o prosseguimento do projeto de instalação de uma filial da Havan no município de Bagé, com oferta de bons empregos à população, à continuidade da gestão como prefeito do investigado Divaldo Lara”, de acordo com parecer emitido pelo desembargador eleitoral Miguel Antonio Silveira Ramos.
No segundo, a denúncia afirma que Lara utilizou “a quase totalidade” de seu tempo de inserções para veicular o trecho de uma live no qual o então presidente da República Jair Bolsonaro (PL), anuncia a construção de uma barragem no município com recursos federais e manifesta apoio à reeleição de Lara. Segundo o documento, “a conduta nitidamente abusiva do Presidente da República foi incorporada e adotada como sua pelo Investigado Divaldo”, pontuando que o ato irregular praticado por Bolsonaro “passa a ser seu também e portanto perfeitamente cabível que responda por esse ato”.
À decisão que será proferida, favorável ou não aos acusados, caberá recurso das partes, podendo ser enviada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).