Mais de 2 mil prefeitos gaúchos, vice-prefeitos e secretários, entre outras autoridades municipais, buscaram solucionar gargalos de suas cidades junto ao governo federal sem deixar o Rio Grande do Sul. Durante o encontro Caravana Federativa, o Centro de Eventos da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) se transformou temporariamente na Esplanada dos Ministérios e os gestores municipais aproveitaram para resolver gargalos e levar demandas de suas cidades aos quadros técnicos de Brasília.
"Tem sido extremamente positivo. Dialogando com prefeitos, já vimos soluções concretas de demandas até no papel já, além de orientações de alguns entraves que estavam ocorrendo e os gestores não sabiam como solucionar. Às vezes, um município não consegue alguns acessos até por desconhecimento", afirmou Luciano Orsi (PDT), presidente da Federação das Associações de Municípios (Famurs), co-promotora do evento junto ao governo federal.
"Tinha um prefeito com uma emenda de R$ 575 mil trancada há dois anos e foi liberada hoje, na hora", relatou Orsi, que também é prefeito de Campo Bom.
A caravana tem a presença de quase totalidade dos 38 ministérios do governo federal, além dos bancos públicos Caixa, Banco do Brasil e BNDES. Com isso, o acesso das prefeituras a programas e linhas de financiamento, por meio de um atendimento personalizado, é facilitado.
Neste primeiro dia de evento, que segue até esta sexta-feira, os municípios puderam tirar dúvidas sobre os editais do programa PAC Seleções, além de ter sido promovido uma painel pela Caixa que apresentou caminhos para os municípios explorarem recursos disponíveis para impulsionar o desenvolvimento local, com foco no Novo PAC e no programa Minha Casa Minha Vida.
O evento também teve uma feira de estandes de diversos setores do poder público, onde os gestores puderam conhecer oportunidades de programas como o oferecido pelo Serviço Geológico do Brasil.
"A setorização de risco geológico pode ser solicitada por todos municípios, gratuitamente. Ela mapeia áreas urbanas que estão sofrendo algum processo de risco. Por exemplo, em Muçum, que foi praticamente dizimada com as enchentes, as áreas que tínhamos mapeadas como alto risco bateram exatamente onde houve os maiores estragos. É um trabalho de prevenção de desastre", disse Raquel Binotto, pesquisadora em geociências no Serviço Geológico do Brasil.
O evento prossegue nesta sexta, quando é esperada a presença dos ministros Alexandre Padilha (PT), das Relações Institucionais, Anielle Franco, da Igualdade Racial, Jader Barbalho Filho (MDB), das Cidades e secretários. Nesta quinta, a presença ministerial ficou por conta do gaúcho Paulo Pimenta (PT), da Secretaria de Comunicação Social (Secom).