O Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) foi uma das entidades homenageadas na sessão ordinária da Câmara de Porto Alegre nesta segunda-feira (16). A distinção foi sugerida pelo vereador Jonas Reis (PT) e surgiu em virtude dos 35 anos do sindicato.
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Após o discurso de abertura do parlamentar, os representantes do Simpa tiveram espaço para discursar, começando por uma das diretoras do sindicato, Cindi Sandri, que destacou a importância da entidade durante toda trajetória de mais de três décadas, mas destacou “que isso não quer dizer que os servidores passaram a existir no primeiro ano do trigésimo quinto, não. Nós somos servidores desde que a cidade de Porto Alegre precisou do serviço público”.
João Ezequiel Mendonça, que também é um dos diretores do Simpa, discursou após a fala de Cindi. A fala de Mendonça fez críticas duras as últimas gestões do executivo da capital, citando nominalmente Nelson Marchezan Jr (PSDB), ex-prefeito, e Sebastião Melo (MDB), atual prefeito, classificando ambas como “destrutivas” para os servidores públicos da capital dos gaúchos.
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Do momento da crítica em diante, os vereadores da base aliada do prefeito Melo passaram a demonstrar um incômodo com o caminho que o discurso estava tomando, visto que as críticas se tornaram mais contundentes ao longo da fala. Os momentos mais incisivos motivaram uma mobilização da base, liderada pela vereadora Mônica Leal (PP), que alegava que os comentários estavam “contra o regimento da Câmara de Vereadores, já que estão fugindo do tema”. A parlamentar pedia que houvesse uma intervenção da presidência da sessão durante os discursos, mas que não foi atendida pelo presidente da Câmara, Hamilton Sossmeier (PTB).
As regras da Câmara indicam que os vereadores não podem fugir dos assuntos durante as discussões de um projeto de lei, o que não se aplica ao período de homenagens ou aos representantes homenageados.
Cindi Sandri indicou um desapontamento com o ocorrido. “Lamento a reação da vereadora. O momento era de escuta dos vereadores sobre o que está acontecendo, nada que seja uma novidade sobre aquilo que o funcionalismo público tem sofrido em Porto Alegre”, comentou a diretora do Simpa.