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Eleições 2024

- Publicada em 10 de Outubro de 2023 às 18:06

Trocas de partido para as eleições de 2024 já movimentam a Câmara de Porto Alegre

Articulações para as eleições de 2024 já começaram para a disputa da prefeitura de Porto Alegre

Articulações para as eleições de 2024 já começaram para a disputa da prefeitura de Porto Alegre


/TÂNIA MEINERZ/JC
Apesar da janela de transferências partidárias começar apenas em meados de março e encerrar no dia 6 de abril de 2024, pelo menos quatro nomes já têm movimentado as especulações de trocas de partido na Câmara de Porto Alegre. Ramiro Rosário pode deixar o ninho tucano para ingressar no partido Novo. Cassiá Carpes e Mônica Leal têm a possibilidade de deixar o PP; Hamilton Sossmeier, presidente da Câmara, não garante permanência no PTB, e Jessé Sangalli pode sair do Cidadania.
Apesar da janela de transferências partidárias começar apenas em meados de março e encerrar no dia 6 de abril de 2024, pelo menos quatro nomes já têm movimentado as especulações de trocas de partido na Câmara de Porto Alegre. Ramiro Rosário pode deixar o ninho tucano para ingressar no partido Novo. Cassiá Carpes e Mônica Leal têm a possibilidade de deixar o PP; Hamilton Sossmeier, presidente da Câmara, não garante permanência no PTB, e Jessé Sangalli pode sair do Cidadania.
Entre os citados, a saída de Ramiro Rosário do PSDB é dada como certa até mesmo entre os membros da câmara. O próprio vereador tem admitido nos bastidores que seu caminho para 2024 deve ser o partido Novo. Além das mudanças de partido, começam a ocorrer outras movimentações para o próximo pleito eleitoral, como o surgimento de novos nomes para compor cada legenda.

• LEIA TAMBÉM: Partidos de Porto Alegre começam a desenhar o cenário para as eleições de 2024

Ramiro Rosário deve deixar o PSDB rumo ao partido Novo

Ramiro Rosário e Moisés Barboza, ambos da bancada do PSDB, conversam durante sessão plenária

Ramiro Rosário e Moisés Barboza, ambos da bancada do PSDB, conversam durante sessão plenária


Leonardo Lopes / CMPA / JC
Atualmente compondo a bancada de quatro vereadores do PSDB na Câmara de Porto Alegre, Ramiro Rosário passou a ter uma aproximação ideológica e pessoal com a bancada do Novo nas sessões plenárias. Somando esse comportamento a algumas reuniões e eleições internas do partido que Ramiro não esteve presente, houve um estranhamento dos membros da sigla.
De acordo com o vereador Moisés Barboza, presidente do PSDB em Porto Alegre, ocorreram diversas reuniões em que a possível saída de Ramiro Rosário para o partido Novo foi debatida, tanto coletivas quanto diretamente com o vereador. “Sentimos necessidade de tratar essa questão diretamente com ele, considerando que nunca foi algo que ele nos trouxe diretamente. Até onde sabemos, foi uma questão levantada por terceiros, pessoas de fora do partido”, apontou o vereador Moisés. Apesar dessas reuniões, o tucano parece ter seguido com um distanciamento ideológico do PSDB.
Moisés Barboza considera marcante neste processo uma publicação do vereador Ramiro nas redes sociais. “O governador Eduardo Leite (PSDB) estava em defesa do avanço da reforma tributária, mesmo com algumas ressalvas. Assim como o presidente do PSDB no RS, o deputado Lucas Redecker, que votou a favor da reforma na Câmara. Só que o Ramiro publicou algo dizendo que os deputados tinham sido comprados. Essa frase foi muito dura e não foi bem recebida” comentou o vereador Moisés. A declaração não criticava diretamente os parlamentares tucanos, mas a Câmara dos Deputados em sua grande maioria.
Apesar da repercussão gerada pela publicação, Moisés Barboza reforçou que o PSDB defende a liberdade de Ramiro Rosário nas votações na Câmara da Capital, assim como o processo de troca de partido.
Ao ser questionada sobre as especulações sobre a troca para o Novo, a assessoria do vereador Ramiro Rosário emitiu uma nota para a imprensa. No comunicado a mudança não é descartada, apenas pontua que a decisão será tomada a partir da próxima janela partidária, que ocorre nos primeiros meses de 2024.

Leia a nota na íntegra:

“O Vereador Ramiro Rosário foi eleito pelo PSDB e está no partido há 15 anos. O vereador recebeu convites formais de 5 partidos para a próxima janela partidária, mas qualquer decisão sobre mudança de sigla, se houver, só será tomada no ano que vem. Seu foco está em seu mandato de vereador e no trabalho que realiza pela cidade.”

Movimentações também devem ocorrer no PP

Cassiá Carpes e  Mônica Leal estudam pauta durante sessão do Legislativo

Cassiá Carpes e Mônica Leal estudam pauta durante sessão do Legislativo


Leonardo Lopes / CMPA / JC
Além do vereador Ramiro Rosário, outros parlamentares também têm a troca de partido especulada. A vereadora Mônica Leal e o vereador Cassiá Carpes, ambos do PP, têm demonstrado insatisfação com alguns aspectos com o andamento da sigla em Porto Alegre.

Apesar das divergências com a gestão de Vitor Alcântara Filho, presidente do PP em Porto Alegre, a vereadora indica que permanecerá leal ao partido. “Eu tenho discordâncias com o mandato do Vitinho (apelido de Vitor), mas minha lealdade é com o partido. Estou muito alinhada ideologicamente com os valores de onde estou, além de já fazer parte do PP há muito tempo”, comentou a parlamentar. Ela também ressaltou a boa relação que tem com o presidente estadual da sigla, Covatti Filho.
Outro ponto de protesto dos vereadores está na demora para formação da nominata do PP das eleições municipais de 2024. Cassiá Carpes comentou a insatisfação: “Como político, preciso me manter informado da legislação eleitoral. Além disso, acho que não posso pensar apenas em me eleger, mas formar uma bancada grande e forte. Para isso, eu preciso entender como meu partido está se mobilizando para ter nomes fortes na nossa nominata”.
Tanto Mônica quanto Cassiá entendem que a demora na divulgação da lista de candidatos desfavorece a campanha daqueles que tentam reeleição, assim como dos novos nomes. “Não é uma coisa que estamos escondendo da gestão. Como líder do PP aqui na Câmara, pedi os nomes para elaborarmos uma estratégia, mas ainda não tive resposta”, comentou a vereadora Mônica Leal.
Diferentemente da colega de bancada, o vereador Cassiá Carpes não rejeita a ideia de aproveitar a janela de transferência e ingressar numa sigla diferente. “Eu já recebi propostas para trocar de partido e tenho estudado algumas, então não é algo que eu descarto”, comentou o vereador. Cassiá indica que, caso a mudança se concretize, deve rumar para um partido mais ao centro do espectro político.

Presidente da Câmara não garante permanência no PTB

Sossmeier disse que recebeu diversos convites para trocar de partido

Sossmeier disse que recebeu diversos convites para trocar de partido


ANA TERRA FIRMINO/JC
O vereador Hamilton Sossmeier (PTB), que também é presidente do Legislativo de Porto Alegre, não dá como certa a sua permanência em seu atual partido. O parlamentar indicou que recebeu diversos convites, mas que dois estão em conversas mais avançadas: Podemos e MDB. Em questão de quociente eleitoral, a movimentação para o MDB é uma estratégia menos arriscada para Sossmeier, visto que o partido já conta com três vereadores (Idenir Cecchim, Lourdes Sprenger e Pablo Melo). O Podemos não conta com nenhum vereador na composição atual da Câmara de Porto Alegre.
Outra transferência que começou a ser pautada na Câmara de Porto Alegre é uma possível mudança de partido do vereador Jessé Sangalli (Cidadania). Considerado por muitos um político que se posiciona mais "à direita" do que o próprio partido costuma estar, Jessé entende que seja cedo para alguma decisão ser tomada, mas não nega a existência dos convites e do diálogo com outras siglas partidárias. “O interesse nele (Jessé) faz bastante sentido, visto que ele é político jovem, com visibilidade nas redes e opiniões fortes, mas ainda é cedo para que seja tomada qualquer decisão nesse sentido”, comentou a assessoria do vereador.