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Presidente da CPI quer reconvocar Cid após delação
Ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) será ouvido de novo nos próximos dias
O presidente da CPI do 8 de janeiro, deputado federal Arthur Maia (União Brasil-BA), afirmou ontem que o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), será ouvido de novo nos próximos dias.
Apesar de já ter ido à comissão, parte dos parlamentares avalia que o acordo de delação premiada assinado pelo militar sinaliza que, agora, ele pode querer contribuir com as investigações.
Em julho, Cid afirmou à CPI que era alvo de ao menos oito inquéritos, e anunciou que ficaria em silêncio. O ex-ajudante de ordens também decidiu ficar calado ao ser convocado pela CPI da Câmara Legislativa do Distrito Federal no mês passado.
"Vai ser ouvido nos próximos dias. Cabe a mim marcar seu depoimento. A convocação já foi aprovada e eu posso assegurar a vocês que Mauro Cid terá seu depoimento marcado pela presidência da CPMI", disse Maia após a sessão.
O acordo de delação premiada do ex-ajudante de ordens foi homologado no fim de semana pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Cid deve citar militares próximos a Bolsonaro, como os ex-ministros Augusto Heleno e Luiz Eduardo Ramos.
Apesar da fala do presidente da CPI, parlamentares da base temem que o depoimento de Cid à CPI possa prejudicar ou até mesmo anular o acordo de delação assinado por ele com a Polícia Federal.
Parte dos deputados e senadores também teme que informações dadas por ele sejam usadas por Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que integram a comissão, para ajudar a defesa do pai.