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- Publicada em 15 de Agosto de 2023 às 10:30Eduardo Bolsonaro lança calendário com fotos do pai sem camisa

Foto de capa do calendário mostra a cicatriz que Bolsonaro tem em decorrência da facada
Instagram/Reprodução/JC
Agência Estado
Em meio a denúncias envolvendo o desvio de joias recebidas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), divulgou o lançamento de um calendário com fotos do pai. A capa do calendário traz uma imagem de Bolsonaro sem camisa, mostrando a cicatriz no abdômen causada pela facada que sofreu no atentado em Juiz de Fora (MG) durante a campanha eleitoral em 2018.
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O calendário está à venda em uma loja virtual que comercializa produtos relacionados ao ex-presidente. A versão de mesa do item custa R$ 59,90, que está com preço promocional de R$ 49,90. O de parede é R$ 69,90, mas com desconto está por R$ 59,90.
No vídeo postado em sua conta no Instagram, Eduardo afirma que as imagens expressam a "trajetória vitoriosa" do ex-presidente. "Conta um pouco dessa trajetória vitoriosa, desde quando Bolsonaro era militar, depois virou vereador do Rio de Janeiro, deputado federal, até chegar à Presidência da República. Claro, sem esquecer das datas onde têm vários acontecimentos importantes durantes os quatro anos de Presidência do melhor presidente da história do nosso País, hoje sendo reconhecido até pelo pessoal da esquerda que faz vídeo arrependido na internet", disse o deputado federal.
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A foto principal de Bolsonaro no material é a mesma publicada nas redes sociais do ex-presidente em 30 de junho, dia em que ficou inelegível por oito anos após condenação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O calendário tem ainda registros do ex-chefe do Executivo desde quando ocupou o primeiro cargo eletivo em 1989, como vereador do Rio de Janeiro.
Assista o vídeo de Eduardo Bolsonaro falando sobre o calendário
Ver essa foto no Instagram
PF investiga desvio de joias recebidas por Bolsonaro
O lançamento do calendário com fotos do ex-presidente ocorreu dois dias após aliados do ex-presidente virarem alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) que investiga em esquema de vendas de joias e outros objetos de valor recebidos por comitivas da Presidência durante a gestão de Bolsonaro. As peças deveriam ser incorporadas ao acervo da União, mas foram omitidas dos órgãos públicos, incorporadas ao estoque pessoal do ex-chefe do Executivo e negociadas para fins de enriquecimento ilícito.
De acordo com a PF, os montantes obtidos das vendas foram convertidos em dinheiro em espécie e ingressaram no patrimônio pessoal do ex-presidente, por meio de laranjas e sem utilizar o sistema bancário formal, com o objetivo de ocultar a origem, a localização e a propriedade dos valores. Mensagens trocadas em janeiro deste ano por Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e Marcelo Câmara, assessor especial da Presidência da República, mostraram aos investigadores que Cid estaria com 25 mil dólares que, possivelmente, pertenciam a Bolsonaro.
O ex-chefe do Executivo negou qualquer envolvimento e colocou sua movimentação bancária à disposição das autoridades. Bolsonaro afirmou que "jamais apropriou-se ou desviou quaisquer bens públicos". Nesta segunda-feira (14), ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro contratou o criminalista Daniel Bialski para representá-la na investigação das joias.
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