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Deputados gaúchos aprovam reestruturação do IPE Saúde
Proposta busca equacionar déficit financeiro do plano dos servidores
Após um dia tenso, que teve mobilização forte de servidores, bloqueio do acesso de parlamentar na Assembleia Legislativa, atraso no início da sessão e proibição do acesso do público às galerias, a base do governo Eduardo Leite (PSDB) no Parlamento garantiu a aprovação do projeto que reestrutura o IPE Saúde por 36 votos contra 16.
Os partidos PDT, União Brasil, PTB, PP, Podemos, MDB, PSB, PSDB, Novo e PSD votaram favoravelmente ao projeto. As bancadas do PT, PCdoB e PSOL votaram contra. O PL e o Republicanos se dividiram.
No maior teste do segundo governo Leite, o Palácio Piratini demonstrou força diante a nova disposição política que inaugura oposição dupla ao governo, à esquerda e à direita. Assim, o tucano segue sem jamais ter sido derrotado no Parlamento enquanto governador.
A reestruturação do IPE Saúde envolveu mais de dois meses de negociações com bancadas da Assembleia, entidades médicas e sindicados trabalhistas. Mesmo assim, as articulações duraram até o último segundo no plenário da Casa. Havia oito emendas protocoladas ao projeto, sendo quatro retiradas, além de um substitutivo proposto pela bancada do PT, já durante a sessão. Conversas entre deputado de diferentes bancadas eram mais frequentes e tratadas visivelmente com mais seriedade entre parlamentares.
Nem as divergências pontuais ou totais à proposta original, nem a intensa mobilização de servidores assustou a base, que permaneceu confiante. Às 19h10min, após horas de pronunciamentos da tribuna, um requerimento de prioridade protocolado pela base do governo foi aprovado por 36 votos contra 18. Na prática, o requerimento derruba as emendas parlamentares, preservando o texto original do Executivo e acelera a apreciação.