Deputados gaúchos aprovam reestruturação do IPE Saúde

Proposta busca equacionar déficit financeiro do plano dos servidores

Por Diego Nuñez

Sessão plenária no Parlamento estadual se estendeu até a noite em meio a debates acalorados
Após um dia tenso, que teve mobilização forte de servidores, bloqueio do acesso de parlamentar na Assembleia Legislativa, atraso no início da sessão e proibição do acesso do público às galerias, a base do governo Eduardo Leite (PSDB) no Parlamento garantiu a aprovação do projeto que reestrutura o IPE Saúde por 36 votos contra 16.
Os partidos PDT, União Brasil, PTB, PP, Podemos, MDB, PSB, PSDB, Novo e PSD votaram favoravelmente ao projeto. As bancadas do PT, PCdoB e PSOL votaram contra. O PL e o Republicanos se dividiram.
No maior teste do segundo governo Leite, o Palácio Piratini demonstrou força diante a nova disposição política que inaugura oposição dupla ao governo, à esquerda e à direita. Assim, o tucano segue sem jamais ter sido derrotado no Parlamento enquanto governador.
A reestruturação do IPE Saúde envolveu mais de dois meses de negociações com bancadas da Assembleia, entidades médicas e sindicados trabalhistas. Mesmo assim, as articulações duraram até o último segundo no plenário da Casa. Havia oito emendas protocoladas ao projeto, sendo quatro retiradas, além de um substitutivo proposto pela bancada do PT, já durante a sessão. Conversas entre deputado de diferentes bancadas eram mais frequentes e tratadas visivelmente com mais seriedade entre parlamentares.
Nem as divergências pontuais ou totais à proposta original, nem a intensa mobilização de servidores assustou a base, que permaneceu confiante. Às 19h10min, após horas de pronunciamentos da tribuna, um requerimento de prioridade protocolado pela base do governo foi aprovado por 36 votos contra 18. Na prática, o requerimento derruba as emendas parlamentares, preservando o texto original do Executivo e acelera a apreciação.

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