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Exigência de visto para turistas
O deputado federal gaúcho Marcel van Hattem (Novo) disse ao Repórter Brasília, nesta quinta-feira, que o presidente da Frente Parlamentar do Turismo, Felipe Carreras (PSB-PE), já tem as assinaturas para o projeto de lei de não exigência de vistos para ingresso no Brasil para turistas dos Estados Unidos, Japão e Austrália. O projeto deve entrar em pauta logo após ser apresentado na reunião de líderes.
Votação ainda neste semestre
A expectativa do deputado Van Hattem (foto) é que o projeto seja votado ainda neste semestre, pois as férias de julho estão aí e o Brasil está perdendo muitas oportunidades. A liberação do visto, no entanto, deve valer, a partir de novembro, oportunidade que o ingresso de turistas poderá crescer significativamente, dando uma turbinada no turismo nas férias de final do ano e início de 2024. "Isso afeta diretamente o nosso turismo", argumenta o congressista gaúcho.
Princípio da reciprocidade
"Alega-se que a exigência de visto atenderia ao princípio de reciprocidade nas relações exteriores, ou seja, uma vez que esses países exigem vistos de nacionais do Brasil. Então o Brasil deveria fazer o mesmo, visando forçar tais países a dispensarem a exigência de vistos de brasileiros", pontuou o parlamentar. Para Van Hattem, "a probabilidade de a estratégia funcionar é baixa, uma vez que a razão para essa exigência — a imigração ilegal de brasileiros para esses países — ainda persiste".
Posição na América Latina
"Em toda a América Latina, dentre 30 países, apenas Cuba, Bolívia e Venezuela seguem o princípio da reciprocidade e exigem vistos de nacionais dos Estados Unidos. A Argentina não exige, o Paraguai não exige, o Uruguai não exige, o Peru não exige, a Colômbia não exige, o Equador não exige, bem como outros 20 países da região. Todos esses países compreendem que, mais importante do que o princípio da reciprocidade é a defesa do emprego, da renda e do bem-estar de seus cidadãos", argumenta o parlamentar.
Otimismo no crescimento do País
Na reunião com ministros, nesta quinta-feira, no Palácio do Planalto, o presidente Lula disse acreditar que o Brasil vai crescer 2,5% este ano, um otimismo maior que o do ministro Fernando Haddad (PT), que disse esperar uma alta de 2% do PIB em 2023. Lula, que visitará Goiás, estado onde o agronegócio é muito forte, afirmou que "não duvida que a economia cresça para além disto"; e prometeu uma economia estável ao final deste ano. O presidente voltou a falar sobre agronegócio, e disse que "o problema do setor com o governo é ideológico".
Balanço do governo
Na opinião de Marcel van Hattem, "o governo está uma bagunça generalizada, inclusive internamente, onde há muita discussão". O parlamentar do Novo aconselhou Lula a participar mais das articulações políticas. "Parece que o presidente está muito atento às viagens internacionais, e não ao que acontece no Brasil."