Além de se pronunciar sobre o julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que analisa ação de que pede sua inelegibilidade, o ex-presidente Jair Bolsonaro também comentou o que hoje é conhecida como Minuta do Golpe - um documento encontrado pela Polícia Federal na casa de Anderson Torres cujo conteúdo demonstrava intenção de reverter o resultado da eleição que definiu Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como presidente da República.
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“Não tive conhecimento (da minuta)”, afirmou Bolsonaro no início de sua visita à Transposul. “Não existe golpe com respaldo jurídico. Golpe é pé na porta e arma na cara, meu Deus do céu. Golpe tem que depor alguém. (Artigo) 142, (Garantia de Lei e de Ordem) GLO, tudo isso são remédios previstos na Constituição. (…) Golpe não tem papel, tem fuzil”, disparou o ex-presidente à imprensa.
Bolsonaro rechaça pecha de golpista, afirma que sempre agiu “dentro das quatro linhas” e diz que não deixará vida pública.
Segundo ele, recebe muitos papéis que, às vezes, nem lê, e defende Anderson Torres. "Não tomei conhecimento dela (minuta). O próprio Anderson Torres falou que não sabia como aquilo estava com ele. Eu mesmo aqui (na Transposul) recebi muitos papéis", disse.
Bolsonaro insistiu no argumento de que um golpe de Estado é necessariamente violento "Quando se fala em minuta de golpe, seria um decreto de estado de defesa. Eu pergunto: foi assinada alguma coisa? Esse 'remédio' - a defesa, o estado de sítio, intervenção federal, (Artigo) 142, GLO - tudo é previsto na Constituição e na legislação brasileira. Não existe golpe com respaldo jurídico e constitucional. Golpe é algo violento, se faz por meio da força. Não se faz golpe num domingo. Estão inventando um golpe em cima de um pedaço de papel que não tem assinatura", declarou à imprensa.