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Política

Partidos

- Publicada em 22 de Junho de 2023 às 14:59

‘Espero que sigam a jurisprudência de 2017’, afirma Bolsonaro sobre julgamento no TSE

Bolsonaro cumpre agenda de dois dias no Rio Grande do Sul

Bolsonaro cumpre agenda de dois dias no Rio Grande do Sul


Diego Nuñez/Especial/JC
Diego Nuñez, com agências
Diego Nuñez, com agências
Em visita a Porto Alegre, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL, 2019-2022) se manifestou sobre o julgamento do Superior Tribunal Federal (TSE) que analisa uma ação que o acusa de abuso de poder e pode torná-lo inelegível.

Após afirmar desconhecer o motivo do adiamento do julgamento, Bolsonaro diz esperar que a corte siga um entendimento adotado em 2017, no julgamento do caso da chapa Dilma Rousseff (PT) - Michel Temer (MDB).

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“Espero que sigam a jurisprudência de 2017”, afirmou Bolsonaro à imprensa em sua chegada na Transposul.
Há seis anos, ao julgar se houve abuso de poder político e econômico por parte de Dilma e Temer em 2014, o TSE absolveu a chapa. Contribuiu para a sentença a decisão de que não poderiam ser consideradas provas que haviam sido anexadas depois que a ação foi protocolada, ainda que reforçassem a acusação inicial de financiamento ilegal de campanha.

No caso de Bolsonaro, o TSE começa a julgar hoje ação na qual o PDT atribui ao ex-presidente abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação em razão de reunião com embaixadores estrangeiros no Alvorada, em 2022. Na ocasião, Bolsonaro repetiu ataques infundados ao sistema eleitoral.
Bolsonaro admitiu que falou sobre o sistema eleitoral com embaixadores, mas afirma que não houve ataques na ocasião. "Naquela reunião com embaixadores, falei sobre nosso sistema eleitoral. Ninguém atacou o sistema eleitoral, falei da realidade do sistema. A política externa é privativa do presidente da República. O que falamos ali foi uma resposta àquilo que o senhor Edson Fachin fez dois meses antes, reunido também com embaixadores. A política externa é privativa do presidente da República. (A reunião com embaixadores) foi na minha residência oficial. Dissertei sobre como é o sistema eleitoral brasileiro. Sabemos que nenhum país evoluído usa nosso sistema eleitoral", afirmou. 
"Quando você está na presidência, precisa assumir posições. Não é justo eu falar sobre o sistema eleitoral e perder os direitos políticos. Não tem cabimento", defendeu-se Bolsonaro. 
Após o PDT protocolar a ação, porém, novas evidências contra o ex-presidente foram anexadas ao processo. O material foi obtido em investigações do Supremo Tribunal Federal, como a que apura o 8 de Janeiro.
O ex-presidente defendeu os bolsonaristas que ficaram semanas acampados em frente aos quartéis reivindicando intervenção militar. Segundo ele, são cidadãos de bem que não participar dos atos de violência na Capital Federal: "Existem mais de 300 pessoas presas em Brasília ainda. A maioria, 95%, cidadãos de bem. Quem depredou não foi pessoal do acampamento, foi quem veio de fora".
Questionado, Bolsonaro negou deixar a vida pública caso o TSE entenda por torná-lo inelegível. "Eu continuo vivo. Pretendo colaborar com o meu País, de uma forma ou de outra. Continuo sendo o 'ex' mais querido do Brasil”.