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Cpers faz ato para ampliar reajuste; governo diz que cumpre lei federal
Sindicato pede reajuste de 14,95% e garante que valor pode ser pago com recursos provenientes do Fundeb e do Salário-Educação
Enquanto professores e servidores caminhavam pelo Centro da Capital rumo à Assembleia Legislativa, a direção do Cpers sindicato visitava gabinetes de deputados para apresentar um documento com 25 argumentos favoráveis ao reajuste exigido pela categoria. A mobilização aconteceu na manhã desta terça-feira (7) e iniciou após o sindicato rejeitar a proposta do governo que previa um reajuste salarial menor do que o demandado pela categoria.
O governador Eduardo Leite (PSDB) protocolou no dia 1º de março uma proposta que indicava um reajuste de 9,4595% para todos os níveis do magistério. Contudo, o Cpers decidiu rejeitar a proposta e passou a reivindicar um reajuste de 14,95% - a exemplo da reposição salarial do piso nacional do magistério, anunciado pelo governo federal.
O Cpers alega que, com recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e do Salário-Educação, há uma soma de mais de R$ 900 milhões que poderiam ser utilizados para assegurar o aumento.
O sindicato definiu uma agenda de mobilização que ocorrerá até a data de votação do projeto, que tramita em regime de urgência. Os deputados Adão Pretto (PT), Leonel Radde (PT), Luciana Genro (PSOL), Matheus Gomes (PSOL), Miguel Rosseto (PT) e Sofia Cavedon (PT) estiveram presentes quando o ato já estava se encaminhando para o final e discursaram em defesa do reajuste proposto pela categoria.
A presidente do Cpers, Helenir Schürer, disse que as reivindicações levadas aos deputados estão sendo bem recebidas. "Estamos passando nos gabinetes e apresentando um levantamento do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudo Socioeconômico) mostrando que é viável pagar 14,95%."
O governo do Estado informou que a atualização do piso nacional é definida por um valor em reais, não por um percentual. Para este ano, conforme determinação do Ministério da Educação, o piso nacional passa a ser de R$ 4.420,55.
Como em 2022 era de R$ 3.845,63, o aumento ficou em 14,95%. Ocorre que o RS vinha pagando um valor acima do piso nacional de 2022: R$ 4.038,54. Assim, diz o governo, no ano passado o valor inicial pago ao magistério gaúcho estava 5% acima do que a lei determinava. Portanto, o projeto para reajustar em 9,459% o piso pago ao magistério gaúcho, o governo cumpre o que determina a lei federal, justifica o Executivo estadual.