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Política

Partidos

- Publicada em 21 de Março de 2023 às 19:33

Principais nomes do MDB gaúcho, Melo e Gabriel Souza acham ser cedo para falar de 2026

Gabriel Souza (esq.) e Sebastião Melo (dir.) no Menu POA, promovido pela ACPA, em palestra sobre South Summit

Gabriel Souza (esq.) e Sebastião Melo (dir.) no Menu POA, promovido pela ACPA, em palestra sobre South Summit


João Mattos/ACPA/Divulgação/JC
Dois dos mais proeminentes quadros do MDB gaúcho estiveram lado a lado nesta terça-feira (21). O vice-governador do Estado, Gabriel Souza, e o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, palestraram juntos sobre a expectativa para o South Summit no Menu POA, evento promovido pela Associação Comercial de Porto Alegre (ACPA). Nos bastidores, ambos são cotados para representar o partido nas eleições de 2026. Gabriel seria o sucessor natural do governador Eduardo Leite (PSDB), que está em seu segundo mandato e não poderá concorrer à reeleição. Vice nada decorativo, sempre presente em pautas importantes do governo como inovação, educação e primeira infância, o jovem Gabriel foi peça central na articulação para a aliança MDB-PSDB que conquistou as eleições estaduais de 2022. Já Melo, figurão da política gaúcha e porto-alegrense, centraliza apoio quase unânime do centro à direita. Constrói um mandato sem rusgas com a base e caminho a passos largos para a reeleição em 2024. Não seria novidade um emedebista reeleito em Porto Alegre deixar o mandato na tentativa de alcançar o Palácio Piratini.Ainda a mais de 3 anos e meio das próximas eleições estaduais, Melo e Gabriel são vistos como os dois possíveis nomes para liderar uma chapa do MDB. Até lá, o partido deve superar as feridas ocasionadas pelo racha que dividiu o partido em 2022. As eleições do ano passado marcaram a primeira vez que o MDB não teve candidato próprio a governador no Rio Grande do Sul, o que gerou polêmica na sigla. Como pano de fundo deste debate, ainda estava a disputa dos rumos políticos-ideológicos que o partido tomaria no maior Estado do Sul do País.Para unificar o partido, emedebistas têm uma escolha para pensar nos próximos anos. Questionados pelo Jornal do Comércio se seria possível construir esse consenso, lado a lado, Gabriel e Melo riram com descontração e certo nervosismo. O vice-governador tomou a palavra e, mesmo em tom conciliador, não deixou de alfinetar o prefeito. “Da minha parte, nunca houve dissenso. Não tenho nenhum problema em conversar com quem quer que seja. O MDB tem que se preparar agora para as eleições municipais. Da minha parte, o prefeito Melo vai ter meu apoio para a reeleição. Pois é assim que ajo dentro do meu partido: apoiando os candidatos da minha sigla”, afirmou Gabriel. Melo e outros importantes quadros do MDB, como o ex-governador Pedro Simon, defendiam candidatura própria para o partido e, já durante o segundo turno das eleições 2022, apoiaram a chapa de Onyx Lorenzoni (PL), que venceu o primeiro turno e foi adversário de PSDB e MDB na fase decisiva do pleito. Já outros políticos históricos como o ex-ministro Eliseu Padilha, padrinho político de Gabriel, apoiaram a aliança entre tucanos e emedebistas.Ambos concordaram que é muito cedo para debater a próxima disputa a nível estadual. “2026 está muito longe. Acabei de sair de 2022 e ainda estou meio tonto com a eleição e, agora, focado 100% na condução do governo do Estado. Espero que possamos entregar resultados, sempre em parceria com os demais mandatários, como é o caso do prefeito Melo”, disse o vice-governador. “O nosso foco aqui é outro. A eleição terminou. Quero ser o candidato a ser um bom prefeito para a cidade de Porto Alegre”, resumiu Melo, se distanciando de choque com seu correligionário.“Ainda tenho dois anos pela frente e nem a reeleição está em pauta ainda. Quem está no governo, tem que trabalhar. Ponto”, finalizou o prefeito. Após essa frase, subiram junto as escadas do Palácio do Comércio para realizar uma palestra sobre as expectativas do South Summit, que ocorre entre os dias 29 a 31 de março, na semana em que Porto Alegre comemora seu aniversário de 251 anos. Até ao momento, há mais de 80 fundos de 11 países confirmados no evento.
Dois dos mais proeminentes quadros do MDB gaúcho estiveram lado a lado nesta terça-feira (21). O vice-governador do Estado, Gabriel Souza, e o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, palestraram juntos sobre a expectativa para o South Summit no Menu POA, evento promovido pela Associação Comercial de Porto Alegre (ACPA). Nos bastidores, ambos são cotados para representar o partido nas eleições de 2026.

Gabriel seria o sucessor natural do governador Eduardo Leite (PSDB), que está em seu segundo mandato e não poderá concorrer à reeleição. Vice nada decorativo, sempre presente em pautas importantes do governo como inovação, educação e primeira infância, o jovem Gabriel foi peça central na articulação para a aliança MDB-PSDB que conquistou as eleições estaduais de 2022.

Já Melo, figurão da política gaúcha e porto-alegrense, centraliza apoio quase unânime do centro à direita. Constrói um mandato sem rusgas com a base e caminho a passos largos para a reeleição em 2024. Não seria novidade um emedebista reeleito em Porto Alegre deixar o mandato na tentativa de alcançar o Palácio Piratini.

Ainda a mais de 3 anos e meio das próximas eleições estaduais, Melo e Gabriel são vistos como os dois possíveis nomes para liderar uma chapa do MDB. Até lá, o partido deve superar as feridas ocasionadas pelo racha que dividiu o partido em 2022.

As eleições do ano passado marcaram a primeira vez que o MDB não teve candidato próprio a governador no Rio Grande do Sul, o que gerou polêmica na sigla. Como pano de fundo deste debate, ainda estava a disputa dos rumos políticos-ideológicos que o partido tomaria no maior Estado do Sul do País.

Para unificar o partido, emedebistas têm uma escolha para pensar nos próximos anos. Questionados pelo Jornal do Comércio se seria possível construir esse consenso, lado a lado, Gabriel e Melo riram com descontração e certo nervosismo. O vice-governador tomou a palavra e, mesmo em tom conciliador, não deixou de alfinetar o prefeito.

“Da minha parte, nunca houve dissenso. Não tenho nenhum problema em conversar com quem quer que seja. O MDB tem que se preparar agora para as eleições municipais. Da minha parte, o prefeito Melo vai ter meu apoio para a reeleição. Pois é assim que ajo dentro do meu partido: apoiando os candidatos da minha sigla”, afirmou Gabriel.

Melo e outros importantes quadros do MDB, como o ex-governador Pedro Simon, defendiam candidatura própria para o partido e, já durante o segundo turno das eleições 2022, apoiaram a chapa de Onyx Lorenzoni (PL), que venceu o primeiro turno e foi adversário de PSDB e MDB na fase decisiva do pleito. Já outros políticos históricos como o ex-ministro Eliseu Padilha, padrinho político de Gabriel, apoiaram a aliança entre tucanos e emedebistas.

Ambos concordaram que é muito cedo para debater a próxima disputa a nível estadual. “2026 está muito longe. Acabei de sair de 2022 e ainda estou meio tonto com a eleição e, agora, focado 100% na condução do governo do Estado. Espero que possamos entregar resultados, sempre em parceria com os demais mandatários, como é o caso do prefeito Melo”, disse o vice-governador.

“O nosso foco aqui é outro. A eleição terminou. Quero ser o candidato a ser um bom prefeito para a cidade de Porto Alegre”, resumiu Melo, se distanciando de choque com seu correligionário.

“Ainda tenho dois anos pela frente e nem a reeleição está em pauta ainda. Quem está no governo, tem que trabalhar. Ponto”, finalizou o prefeito.

Após essa frase, subiram junto as escadas do Palácio do Comércio para realizar uma palestra sobre as expectativas do South Summit, que ocorre entre os dias 29 a 31 de março, na semana em que Porto Alegre comemora seu aniversário de 251 anos. Até ao momento, há mais de 80 fundos de 11 países confirmados no evento.