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Mesmo com o vice-governador do Estado, MDB tem dissidência na base aliada do Piratini
Bancada emedebista mostra que racha interno das eleições continua provocando ecos
O MDB foi eleito com o PSDB para chefiar o Executivo do Rio Grande do Sul em 2022. A formação da chapa Eduardo Leite (PSDB) e Gabriel Souza (MDB) nos momentos finais das convenções partidárias expôs um racha interno no MDB, que fez com que quadros históricos apoiassem candidatos opositores, mesmo no 2º turno.
A formação da base governista na Assembleia Legislativa mostra que essas divergências não foram completamente superadas. Há uma dissidência entre os seis deputados estaduais: Patrícia Alba não integrará a base aliada. "Esse posicionamento de não fazer parte do governo não é só desse mandato. No outro, eu já tinha sido uma deputada independente. Éramos a maior bancada da base com um espaço minúsculo no governo. Ali eu já era contrária a essa união", disse.
Patrícia foi uma das políticas emedebistas que não apoiaram a chapa Leite-Gabriel na campanha eleitoral.
"A situação foi a forma com que o partido se uniu ao PSDB. Eu falo de situações, não de pessoas. Não é o Eduardo Leite a questão, é o governo. Não é o Eduardo Leite, é o PSDB. Eu entendo que o MDB é muito maior que o PSDB, tem uma história muito maior que o PSDB. E aí o MDB acabou sendo relegado a um apêndice", declarou a deputada.
Mesmo se posicionando como independente e, na legislatura passada, tendo acompanhado o Executivo e sua base em diversas votações, Patrícia não economiza críticas ao governo, o que inclui o mandato anterior (2019-2022). "O programa Assitir, dos hospitais, era desastroso. Eu busquei trabalhar nele e evoluímos muito, com diálogo. Teve a questão dos pedágios na ERS-118, que sou contra. A questão da Corsan também eu vou avaliar muito bem, vamos ter vários pontos de divergência", criticou a emedebista. "Inclusive, para minha região, para minha cidade, o governo deixou muitíssimo a desejar", completou a deputada de Gravataí.
Porém, Patrícia reconhece que, mesmo com divergências, acompanhou o governo em diversas pautas e, pela proximidade ideológica e programática que MDB e PSDB compartilham, deve acabar aprovando matérias do Executivo também nesta legislatura. "Não faço parte da base do governo, mas também não vou fazer oposição por oposição. No outro mandato, a grande maioria das proposições votei de acordo com o que o governo estava propondo e que a bancada também votava", lembrou.