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Assembleia Legislativa

- Publicada em 15 de Fevereiro de 2023 às 21:43

Governo Leite consolida maioria na Assembleia

Com grupo de parlamentares aliados, governo pode aprovar projetos no Parlamento

Com grupo de parlamentares aliados, governo pode aprovar projetos no Parlamento


ISABELLE RIEGER/JC
Diego Nuñez
Eduardo Leite (PSDB) inicia seu segundo mandato como governador do Rio Grande do Sul com maioria na Assembleia Legislativa. Atraindo nove partidos com representação no Parlamento antes, durante e após o período eleitoral, a base aliada do governo no Legislativo conta com 30 deputados estaduais. O grupo de apoiadores é formado por deputados de PSDB, MDB, PDT, Podemos, PP, PSB, PSD, PTB e União Brasil - partidos que contam com cargos no secretariado e segundo e terceiro escalões do Palácio Piratini.
Eduardo Leite (PSDB) inicia seu segundo mandato como governador do Rio Grande do Sul com maioria na Assembleia Legislativa. Atraindo nove partidos com representação no Parlamento antes, durante e após o período eleitoral, a base aliada do governo no Legislativo conta com 30 deputados estaduais. O grupo de apoiadores é formado por deputados de PSDB, MDB, PDT, Podemos, PP, PSB, PSD, PTB e União Brasil - partidos que contam com cargos no secretariado e segundo e terceiro escalões do Palácio Piratini.
Os 30 parlamentares garantem uma maioria confortável na Assembleia, já que o Partalmento gaúcho é formado por 55 deputados, o que permite a aprovação de projetos de lei ordinários de interesse do governo.
A oposição conta com 19 cadeiras, dos partidos de esquerda PT, PSOL e PCdoB, além do PL, que fará uma oposição de direita. Apenas dois partidos se colocam como independentes: Novo (um deputado) e Republicanos (cinco deputados).
Nesta semana, Leite fez a primeira reunião com sua base aliada, parte dos deputados que se posicionam como independentes e os secretários de Estado. Durante o café da manhã realizado na terça-feira, o governador procurou ressaltar a importância do diálogo entre Executivo e aliados.
"Se puxarmos cada um para uma direção, as forças se anulam e nós não saímos do lugar. Precisamos coordenar as divergências, sem criar obstáculos uns aos outros. A política envolve espaços de poder, mas se nós cobrarmos apenas nas disputas pelas aspirações de cada um, vamos ficar sem sair do lugar", afirmou no início da reunião - único momento aberto à imprensa.
Já a oposição viverá situação inédita no Parlamento gaúcho. Por décadas no Estado, centro e direita se uniram, seja na composição de um governo, seja quando o PT conquistava o Executivo, momentos em que ficavam na oposição.
Nesta legislatura, o PL se juntará a PT, PSOL e PCdoB na bancada de oposição. "O Parlamento permite que conversemos com todo mundo, ele é a essência do diálogo e do debate. Dependendo dos interesses legítimos, sejam programáticos, sejam de oposição ao governo, nós poderemos estar juntos. O PL, por exemplo, pode concordar com uma investigação em relação à privatização da Corsan (Companhia Riograndense de Saneamento). Mesmo que sejam favoráveis à privatização, podem apontar irregularidades. E nós, contra a privatização, apontamos irregularidades também", analisou Luiz Fernando Mainardi, líder da bancada do PT, a maior da oposição com 11 deputados.
De fato, a Corsan pode ser uma tema que una PL e PT no Rio Grande do Sul. "Em pautas de privatizações e concessões pode haver um enfrentamento, não no conceito, mas na formatação. A Corsan vale no mínimo R$ 6 bilhões. O patrimônio da Corsan é de R$ 9 bilhões. A Corsan foi vendida por R$ 4 bilhões. Entendemos que a forma de universalizar o acesso a água e esgoto é com a busca do dinheiro privado, mas não dá para ser a qualquer custo, só para constar no portfólio do governador que ele privatizou", criticou Rodrigo Lorenzoni, líder da bancada do PL, em recente entrevista ao Jornal do Comércio.
O debate envolvendo a privatização da Corsan mostra que direita e esquerda podem caminhar juntos na Assembleia em oposição a um governo mais posicionado ao centro. 
Os independentes de Novo e Republicanos são partidos e deputados identificados com o espectro de direita, e podem pesar contra ou a favor do governo, a depender das pautas. O Novo tem como princípio a lógica da redução do Estado, e poderia, por exemplo, votar contra eventuais reajustes acima da inflação para servidores públicos. Já o Republicanos é um partido com larga identificação com os evangélicos, podendo mostrar divergências nas pautas de costumes.
 
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