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Legislativo Municipal

- Publicada em 08 de Fevereiro de 2023 às 19:21

Conflito entre vereadores marca sessão na Câmara de Porto Alegre

Discussão começou após Albrecht (de pé) criticar gastos do Legislativo

Discussão começou após Albrecht (de pé) criticar gastos do Legislativo


Elson Sempé Pedroso/CMPA/JC
Nikelly de Souza
A sessão desta quarta-feira (8) foi marcada por clima tenso e briga entre parlamentares. O estopim do conflito foi a gravação de um áudio trazido à tona pela vereadora Mônica Leal (PP) em que expõe uma opinião polêmica manifestada pelo parlamentar Tiago Albrecht (Novo) na Rede Pampa de Televisão. No material, Albrecht defende uma reforma tributária e faz críticas aos gastos dos vereadores na Câmara Municipal - que ele considera exagerados em relação ao Legislativo de outros municípios. "O vereador tem R$ 17 mil pra gastar, mais o salário. Tem que cortar as mamatas de várias camadas do serviço público, inclusive de vereadores de Porto Alegre", falou.
A sessão desta quarta-feira (8) foi marcada por clima tenso e briga entre parlamentares. O estopim do conflito foi a gravação de um áudio trazido à tona pela vereadora Mônica Leal (PP) em que expõe uma opinião polêmica manifestada pelo parlamentar Tiago Albrecht (Novo) na Rede Pampa de Televisão. No material, Albrecht defende uma reforma tributária e faz críticas aos gastos dos vereadores na Câmara Municipal - que ele considera exagerados em relação ao Legislativo de outros municípios. "O vereador tem R$ 17 mil pra gastar, mais o salário. Tem que cortar as mamatas de várias camadas do serviço público, inclusive de vereadores de Porto Alegre", falou.
Outros parlamentares também demonstraram descontentamento com as declarações de Albrecht na emissora e pediram a abertura de um inquérito na Comissão de Ética da Câmara. A fala mais contundente partiu do ex-presidente da casa Idenir Cecchim (MDB), que pediu à atual presidência da Câmara que encaminhe o caso para julgamento. "Pode avisar o suplente que ele está próximo de assumir, porque nós vamos cassar o mandato dele". "Ele é um oportunista mal-intencionado", esbravejou Cecchim.
Após forte pressão dos colegas, Albrecht se retirou do plenário e retornou apenas quando os ânimos já estavam apaziguados. Ao Jornal do Comércio, o vereador disse não acreditar que sua manifestação será encaminhada à Comissão de Ética. "O calor do momento faz com que as pessoas se exaltem, não acredito que tenha materialidade para isso. Certamente a discussão ficará mais no campo da discordância política."
A sessão também aprovou com placar apertado uma moção de repúdio aos atos antidemocráticos que ocorreram em Brasília no dia 8 de janeiro. A matéria é de autoria dos vereadores Aldacir Oliboni (PT), Giovani Culau e coletivo (PCdoB), Engenheiro Comassetto (PT), Pedro Ruas (PSOL) e Karen Santos (PSOL). A moção foi aprovada com 13 votos favoráveis e 12 contrários.
A matéria gerou desconfiança de alguns parlamentares pelo fato de que o texto carregava o termo "terrorista" - referência aos vândalos que depredaram os prédios dos Três Poderes em Brasília. Isso incomodou parlamentares que disseram ser um erro linguístico gravíssimo. "Vandalismo é diferente de terrorismo", defendeu o vereador Alexadre Bobadra (PL).
Já um dos co-autores da matéria, Giovani Culau e coletivo (PCdoB), defendeu que o termo utilizado para se referir aos manifestantes é irrelevante frente ao acontecimento. "Eu não gostaria de fazer uma discussão sobre linguística, e sim sobre política. Não podemos relativizar o que aconteceu em Brasília, a democracia precisa ser respeitada".
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