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Lula assina decreto que determina a intervenção federal em Brasília
Presidente classificou os atos realizados por apoiadores de Bolsonaro como barbárie
Atualizada às 18h52min
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) determinou a intervenção federal na área de segurança de Brasília até o dia 31 de janeiro após as invasões ao Congresso Nacional, STF e Palácio do Planalto neste domingo (8). Lula classificou os atos realizados por apoiadores do ex-presidente Bolsonaro de barbárie.
"Eles vão perceber que a democracia garante direito de liberdade, livre expressão, mas ela também exige que as pessoas respeitem as instituições que foram criadas para fortalecer a democracia".
“Fizeram o que nunca foi feito na história desse País. É importante lembrar que a esquerda brasileira já teve gente torturada, gente desaparecida, morta e vocês nunca leram uma notícia que a esquerda invadiu o Congresso e a Suprema Corte”, afirmou o presidente, que estava em visita a Araraquara (SP), cidade atingida por fortes chuvas em dezembro.
"Não existe precedente na história do País. Vamos punir e vamos descobrir os financiadores e todos eles vão com a força da lei esse gesto antidemocrático e esse gesto fascista", disse.
Lula criticou a postura da polícia que não controlou os atos. “Estão guiando as pessoas na praça dos Três Poderes. Esses policiais não poderão ficar impunes, não poderão ficar na corporação porque não são de confiança da sociedade brasileira”.
"Espero a partir desse decreto não só cuidar da segurança do DF, mas garantir que isso não se repetirá. É preciso que essa gente seja punida de forma exemplar, que ninguém nunca mais ouse com a bandeira nacional nas costas ou camiseta da seleção se fingirem de nacionalistas, se fingirem de brasileiros e façam o que eles fizeram hoje", declarou.
O petista disse ainda que o ex-presidente Jair Bolsonaro pode estar por trás dos atos deste domingo, incentivando seus apoiadores pelas redes sociais.
O interventor será o número 2 do Ministério da Justiça, Ricardo Capelli, que foi presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) e integrante do PCdoB por muitos anos. Nos governos anteriores de Lula e de Dilma Rousseff (PT), foi secretário nacional no Ministério dos Esportes. Formado em jornalismo, era secretário de Comunicação do Maranhão antes de ir para o Ministério da Justiça.
Nesta tarde, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foram até a Esplanada dos Ministérios. Eles quebraram vidros das portas de entrada e invadiram as sedes do Legislativo, do Supremo Tribunal Federal e do Palácio do Planalto.