Leite toma posse como primeiro governador gaúcho reeleito

Novo governador destacou a educação e fez discursos citando a família

Por Diego Nuñez

TRANSMISSÃO DE CARGO DE GOVERNADOR E VICE-GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL - eduardo leite, governador do RS -
Em duas solenidades, uma na Assembleia Legislativa e outra no Palácio Piratini, Eduardo Leite (PSDB) foi definitivamente empossado governador do Rio Grande do Sul. Agora, o Estado oficialmente tem um governo reeleito e empossado, fato que ocorreu ontem pela primeira vez na história. Em seus primeiros pronunciamentos como governador de segundo mandato, Leite destacou diversas vezes a família, relembrou das principais ações de sua primeira gestão e disse mirar o futuro.
O Parlamento gaúcho deu posse ao tucano às 10h26min do primeiro domingo do ano, quando Leite assinou o termo que o empossou chefe de Estado. Gabriel Souza (MDB), agora vice-governador, assinou o termo de posse logo depois de Leite. A solenidade foi conduzida pelo presidente do Legislativo, deputado Valdeci Oliveira (PT), em ato reconhecido pelas principais autoridades do Rio Grande do Sul.
Em seu discurso, Leite exaltou o próprio governo e disse que o RS pode ter a esperança de um novo futuro. “Não foi fácil fazer o que fizemos, mas foi necessário. E o tempo assegurará: foi acertado”, discursou.
Para o governador, a posse simboliza reencontros. Há quatro anos, nesta mesma Casa Legislativa, Leite tomava posse como o governador gaúcho mais novo da história. Desta vez, tomou posse novamente como o primeiro projeto político reeleito no Estado.
Neste domingo, repetiu parte do discurso que fazia há quatro anos - à época, uma tarde - na primeira manhã de 2023: “Repito aquele discurso: Nós queremos e vamos romper com velhos modelos, porque o novo momento exige novas formas de fazer. Ou damos posse a esse novo futuro, ou só nos restará a glória de um passado bonito e honroso, mas que não volta mais. Precisamos compreender que quando os tempos mudam, nós também precisamos mudar”, sustentou Leite.
O tucano comentou sobre o principal desafio do novo governo, propalado por ele mesmo desde a vitória eleitoral em outubro, a educação: “Arrumamos as contas, estamos arrumando o governo e vamos arrumar a escola. (…) Para que jovens estejam preparados desafios econômicos e humanos destes novos tempos”.
Logo após a cerimônia de posse na Assembleia, Leite rumou ao Piratini, onde foi recebido na porta pelo até então governador Ranolfo (Vieira Júnior). No centro do poder político do Rio Grande do Sul, em ato que foi do final da manhã ao início da tarde, Leite recebeu de seu correligionário seu ex-vice o cargo de governador.
Diferentemente do discurso pronto lido no Parlamento, Leite retornou ao palácio, que foi sua casa durante mais de três anos, falando de improviso. Citou diversas vezes a família, com destaque especial ao namorado Thalis Bolzan. Evitou elencar conquistas do último governo e preferiu falar mais como Eduardo do que como Leite.
Voltou a traçar paralelos entre a eleição do Rio Grande do Sul com a polarizada disputa presidencial e comentou sobre o episódio da renúncia em março do ano passado. “Entendo que a renúncia causou para mim, pessoalmente, um impacto positivo. sair do palácio e estar perto das pessoas na rua, estar vivendo como cidadão longe do poder me fez relembrar como é efêmero e rápido o poder”, afirmou.