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'Importante é Brasil ter força política no centro', diz Leite sobre fusão PSDB-Cidadania
Tucano viajará nesta terça a Brasília para se reunir com cúpula nacional do PSDB
O governador eleito do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), afirmou ser prematuro para haver uma decisão para as negociações entre PSDB e Cidadania sobre uma possível fusão entre os dois partidos. Para o gaúcho, o mais importante seria a formação de uma força política de centro.
“A minha maior preocupação do ponto de vista político visando o interesse do Brasil é poder ajudar a constituir uma força política de centro. (...) Se vai redundar numa fusão, na criação de algo novo, se vai ser uma federação ou se eventualmente não conseguiremos evoluir nessa direção, ainda é prematuro dizer”, declarou, após ser questionado pelo Jornal do Comércio.
PSDB e Cidadania que atualmente integram uma federação e discutem a possibilidade de uma fusão. Leite viaja nesta terça-feira (8) à Brasília para com agendas de reuniões com a cúpula nacional dos tucanos. O partido se reúne após derrotas nas eleições deste ano, como a perda do estado de São Paulo e a redução drástica de cadeiras no Congresso Nacional.
“A gente viu uma eleição polarizada entre grupos políticos mais nas pontas. Esta eleição especialmente pressionou o centro por conta da polarização nesses outros campos mais antagônicos. É importante para esses partidos políticos que estão ao centro terem capacidade de dialogar. (...) Acho que o importante para o Brasil é ter uma força política no centro”, declarou Leite.
Em Brasília, o futuro governador do Estado também deve buscar a equipe de transição entre o governo Jair Bolsonaro (PL) e o governo eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para uma primeira aproximação. “Também devo abrir conversas com o grupo de transição do governo (federal) para que a gente possa ter uma aproximação”, sinalizou.
Leite já havia adiantado que as mudanças no ICMS ocorridas neste ano devem ser o primeiro tema a ser tratado com o novo governo federal. Questionado se buscaria renegociar o Regime de Recuperação Fiscal (RRF) após a troca no Palácio do Planalto, o governador eleito não descartou a possibilidade.
“Se eles tiverem uma proposta melhor que a do RRF (assinado), estaremos abertos à discussão. O RRF foi o caminho ofertado pelo governo federal para lidarmos com a dívida do Estado. Se o novo governo que vai se instalar tiver uma alternativa melhor, gostaríamos de saber”, disse Leite, sem afirmar que buscaria um novo acordo.