Reunião conduzida pelo governador eleito do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), definiu o cronograma para o primeiro mês de transição de poder no Estado. Os trabalhos devem ser realizados a partir de workshops com temas centrais que nortearão as ações do próximo governo. São eles: social e qualidade de vida; ambiental e infraestrutura; econômico; fiscal e de gestão; e educação e primeira infância.
"O primeiro governo estava especialmente dentro da agenda fiscal, na esteira do que vinha do governo anterior (José Ivo Sartori, MDB, 2015-2018). Um desafio urgente. Essa questão fiscal permanece, mas uma vez que a gente já tem as contas em dia, o desafio novo é o da performance do governo. Vamos aproveitar a transição para ter um governo que dê melhores respostas", explicou Leite, em entrevista após a reunião, realizada no Centro Administrativo Fernando Ferrari (Caff), nesta segunda-feira (7).
Neste sentido, a nova gestão espera dar melhores respostas principalmente na educação, tema amplamente atacado durante a campanha eleitoral. Leite e o secretário-chefe da Casa Civil, Artur Lemos (PSDB), reiteraram que a educação e a primeira infância será um eixo prioritário no segundo governo Leite.
Lemos será o coordenador técnico da transição, indicado pelo Palácio Piratini que ainda está sob comando do governador Ranolfo Vieira Júnior (PSDB). O vice-governador eleito, Gabriel Souza (MDB), será o coordenador político da transição e terá "legitimidade para conversar com os partidos e colher ideias", nas palavras de Leite.
Serão duas rodadas de workshops, separadas por um período de reflexão junto aos partidos - tanto os da coligação vitoriosa no pleito quanto os que se somaram durante o segundo turno. No final do mês, em seminário previsto para o dia 30 de novembro, a equipe de transição deve apresentar resultados consolidados sobre o trabalho realizado.
"Os workshops serão uma discussão sobre o desdobramento do plano de governo apresentado na campanha eleitoral para os planos de ação específico e estratégico que vão conduzir os direcionadores do próximo governo. O objetivo é ter novas sugestões ao plano de governo a partir dos partidos políticos", disse o tucano.
Leite deu até esta quarta-feira (9) para que os partidos indiquem nomes que devem participar de cada um dos eixos temáticos tidos como essenciais pelo governo que assume o Piratini em janeiro.
Participaram da reunião no Caff, além de Leite, Souza e Lemos, líderes dos partidos que compuseram a coligação encabeçada pelo PSDB no primeiro turno: Cidadania, MDB, PSD, Podemos e União Brasil.