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Leite não apoiará nem Lula nem Bolsonaro no segundo turno
A decisão foi anunciada durante coletiva de imprensa na manhã desta sexta-feira em seu comitê em Porto Alegre, na avenida Brasil
O candidato a governador do Rio Grande do Sul pela coligação Um Só Rio Grande, Eduardo Leite, anunciou, na manhã desta sexta-feira (7), que não vai apoiar nenhum candidato à presidência no segundo turno das eleições. A decisão, tomda após dias de debates internos, foi divulgada durante coletiva de imprensa realizada na sede de seu comitê em Porto Alegre.
"A escolha entre Lula e Bolsonaro reduz tudo. Só que essa é uma eleição. Aqui no Rio Grande, teremos duas eleições. Na eleição nacional, como cidadão, eu terei meu lado expresso no meu voto. Vou trabalhar para que os gaúchos e gaúchas participem e não se abstenham. Possam ir às urnas dar, cada um, o seu voto, de acordo com o futuro do Brasil. E eu serei mais um deles", falou.
Leite disse, ainda, que diante da responsabilidade que tem como líder na eleição estadual, não abriria o voto para presidente para não contaminar o debate e deixar que se discutisse apenas o Brasil e não o Rio Grande. “Este não é um Estado bolsonarista ou lulista, este é um Estado que nunca se rende a quem pretende vê-lo amarrado ou amordaçado. O Rio Grande não é mera extensão de Brasília e não é quintal do governo federal”, acrescentou.
Após votação apertada contra Edegar Pretto (PT) no dia 2 de outubro, o tucano mudou a estratégia nesta segunda etapa e intensificou as críticas quanto à postura de Onyx Lorenzoni (PL). Ao justificar sua posição de neutralidade, o candidato do PSDB não poupou o oponente da segunda etapa. “Meu adversário fala em liberdade, mas vive aprisionado na sua ideologia e condena quem pensa diferente dele. Fala em pátria, porque só pensa em Brasília. Fala em família, mas estimula a guerra que coloca pais contra filhos, irmãos contra irmãos”, ressaltou.
Entre outras questões, Leite lembrou das duas oportunidades em que Lorenzoni concorreu à prefeitura da Capital e “não conseguiu atingir 10% dos votos por suas próprias pernas". "Hoje se pendura em outro líder para tentar lograr êxito em uma eleição Estadual.” Durante o discurso, acusou também Onyx de ser “praticante de um crime confesso de caixa dois em campanha eleitoral”.
Dizendo-se comprometido com a defesa da democracia, afirmou levar, em uma possível nova gestão, os debates políticos a “ambientes respeitosos”, como o plenário da Assembleia Legislativa e os veículos de imprensa. “Se o Estado for um local onde as pessoas não se sintam acolhidas, os primeiros a saírem são os jovens, e os jovens são o futuro do nosso Estado”, enfatizou.
Para garantir a permanência deste nicho da população, destacou a necessidade de respeitar as diferenças. “As suas várias formas de crenças religiosas, de orientação ideológica, de orientação sexual, de gênero, o que quer que sejam. E isso não é adversário de uma agenda econômica que privatiza, que eficientiza, que moderniza a máquina pública”, finalizou.