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Stara se pronuncia após repercussão de carta que fala em corte de 30% se Lula vencer
Fabricante de máquinas agrícolas se pronunciou na tarde desta terça-feira nas redes sociais
A fabricante de máquinas agrícolas, Stara, de Não-Me-Toque, no interior do Rio Grande do Sul, se pronunciou por meio de vídeo em suas redes sociais, na tarde desta terça-feira (4), após repercussão de uma carta enviada aos fornecedores em que dizia que 30% do orçamento seria cortado no caso de uma possível eleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no segundo turno, em 30 de outubro.
Na carta, a empresa Stara citou a "atual instabilidade política e possível alteração de diretrizes econômicas no Brasil" e causou desconforto nos fornecedores ao dizer que "em se mantendo este mesmo resultado no 2º turno, a empresa deverá reduzir sua base orçamentária para o próximo ano em pelo menos 30%, consequentemente o que afetará o nosso poder de compra e produção, desencadeando uma queda significativa em nossos números", afirma a nota.
No vídeo publicado hoje à tarde, o diretor-presidente da Stara, Átila Stapelbroek Trennepohl, confirmou o envio do comunicado. "Gostaria de esclarecer que este comunicado foi dedicado exclusivamente aos nossos fornecedores", disse. Ele ainda afirmou que essa é uma prática comum em todo "segundo semestre. Todos os anos fazemos projeção para os próximos". No vídeo, Átila diz ainda que o comunicado foi feito para que os fornecedores possam se preparar, "para que possam organizar suas empresas da melhor forma possível", já que projetam estabilidade para o próximo ano.
Além disso, o diretor disse que os colaboradores podem ficar "muito tranquilos". "A gente tem muito trabalho e coisas para fazer", disse. Sobre possível coação política, o que é crime eleitoral, Átila afirmou que a empresa não quer "coagir as pessoas para votar no A ou no B." Em suas redes sociais, Átila Trennepohl é declaradamente a favor da reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) e Gilson Trennepohl, presidente do conselho de administração e vice-prefeito de Não-Me-Toque, doou R$ 350 mil à campanha do presidente.
A Federação Brasil Esperança do Rio Grande do Sul, formada pelos partidos PT, PCdoB e PV, abriu uma ação contra a fabricante de máquinas agrícolas Stara no Ministério Público do Trabalho estadual (MPT-RS) e Ministério Público estadual (MPRS).