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Eleições 2022

- Publicada em 31 de Outubro de 2022 às 00:24

Eduardo Leite é o primeiro governador gaúcho reeleito

Tucano quebra tradição histórica de não se reeleger governadores no Rio Grande do Sul

Tucano quebra tradição histórica de não se reeleger governadores no Rio Grande do Sul


ISABELLE RIEGER/JC
Diego Nuñez
O Rio Grande do Sul tem um governador reeleito pela primeira vez na história da redemocratização. Eduardo Leite (PSDB) ganhou as eleições estaduais e retornará ao Palácio Piratini a partir de 1° de janeiro de 2023. O tucano venceu Onyx Lorenzoni (PL) por 57,12% a 42,88% dos votos do ex-ministro.
O Rio Grande do Sul tem um governador reeleito pela primeira vez na história da redemocratização. Eduardo Leite (PSDB) ganhou as eleições estaduais e retornará ao Palácio Piratini a partir de 1° de janeiro de 2023. O tucano venceu Onyx Lorenzoni (PL) por 57,12% a 42,88% dos votos do ex-ministro.
Leite cresceu 30,31 pontos percentuais entre o primeiro e o segundo turno, mais do que dobrando seu próprio desempenho em relação ao pleito realizado em 2 de outubro.
Já Onyx aumentou em apenas 5,38 pontos percentuais em relação aos 37,5% dos votos recebidos no primeiro turno. "O Rio Grande falou mais alto", bradou Leite, abrindo seu primeiro pronunciamento oficial enquanto governador reeleito.
Neste domingo, Leite fez história novamente. Em 2018, já havia sido o governador mais jovem da história do Estado, quando foi eleito aos 33 anos. Ele também ganhou destaque nacional ao ser o primeiro governador a se assumir homossexual no País, em 2021.
Ao se manifestar sobre o ineditismo da reeleição no Estado, o tucano se emocionou. "Esta se revelou uma eleição atípica. O primeiro turno teve um resultado fora da nossa cogitação, pela pressão da eleição nacional. No segundo turno, mano a mano, comparando projetos e biografias, o Rio Grande disse o que quer", afirmou Leite, diante de aliados, apoiadores e da imprensa gaúcha.
Leite quase não chegou ao segundo turno. Apenas 2.441 votos separaram a inédita reeleição do fracasso que seria uma derrota em primeiro turno, após o grande crescimento do candidato do PT, Edegar Pretto, na reta final.
O ex e futuro governador tem consciência de que herdou a maioria dos votos do PT e da esquerda gaúcha. "Tenho consciência de que as razões dos votos são diversas, de que muitos votaram mesmo tendo fortes divergências, mas entenderam que do nosso lado estava o melhor espírito democrático, que respeita divergência, contraditório, opiniões diferentes. Sou consciente de que esses votos não validam integralmente a nossa agenda, o que reforça a necessidade de que façamos um governo ainda mais aberto ao diálogo e mais aberto aos diferentes setores da sociedade", declarou Leite.
Ao agradecer o apoio crítico do PT, o comitê central da campanha, lotado de tucanos, irrompeu em palmas. Diversos apoiadores carregavam adesivos de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), presidente eleito do Brasil, junto aos adesivos do 45, número que identifica o PSDB.
Leite manteve o sigilo de seu voto, mas indicou a escolha que fez diante da urna: "Mantive em sigilo não por ter vergonha do voto ou por não considerá-lo importante, mas porque sou líder político do Rio Grande do Sul. Mas asseguro que votei pela democracia, pelo respeito às instituições e em favor do diálogo. Mantenho o sigilo, pelo menos por hora, porque o País ainda está cicatrizando suas feridas".
O segundo governo Leite já inicia hoje suas articulações. O governador eleito deve ter um dia de agendas com jornais, rádios e televisões. Porém, afirmou que começará já de imediato a tratar com o governador Ranolfo Vieira Júnior (PSDB) sobre a transição.
Processo, inclusive, que será também inédito. Jamais antes houve continuidade de um projeto no Palácio Piratini após uma eleição estadual. Neste segundo governo consecutivo do PSDB, o MDB, do vice-governador eleito Gabriel Souza, deve ser protagonista.
"O MDB esteve majoritariamente conosco. Mesmo com alguma defecção que tenha havido, ainda assim é o maior partido do Estado. (O MDB) nos honrou fazendo história aceitando não ter candidatura própria. Se durante quatro anos nós (MDB e PSDB) estivemos trabalhando juntos, não seriam essas quatro semanas que diminuíram a parceria", afirmou Leite.
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