O documento foi assinado pelo Defensor Público da União e Defensor Regional de Direitos Humanos no Rio Grande do Sul, Daniel Mourgues Cogoy, no último sábado (22). A DPU afirma "a fala do deputado ofende a honra de toda uma coletividade educacional, composta de professores, alunos, funcionários e egresso, bem como a memória coletiva dos familiares das vítimas do incêndio da Boate Kiss".
O documento ainda pede que Bibo Nunes seja obrigado a não fazer qualquer referência negativa aos vitimados pelo incêndio da Boate Kiss, especialmente quando ligados aos estudantes da UFSM e da UFPel; e que seja condenado ao pagamento de indenização por dano moral coletivo, sendo a quantia revertida a um fundo de reparação por violação de direitos coletivos e/ou para reparação às vítimas da Boate Kiss e/ou fundo para investimento na educação pública em nível superior.
A DPU ainda propõe que o deputado se pronuncie dentro do prazo legal e que as universidades envolvidas manifestem seu interesse ou não em comporem o processo contra Bibo Nunes.
A declaração do deputado foi feita na última quinta-feira (20) em vídeo divulgado nas redes sociais, no qual critica as manifestações que ocorreram nas duas instituições de apoio ao ex-presidente e candidato pelo PT ao Palácio do Planalto, Luiz Inácio Lula da Silva, e contra o chefe do executivo federal e candidato à reeleição pelo PL, Jair Bolsonaro, que é aliado e do mesmo partido do deputado.
Na ocasião, Bibo Nunes citou o filme Tropa de Elite, ao fazer referência a um trecho da obra em que um aluno de universidade federal é queimado vivo em pneus por criminosos, complementando com a afirmação de que "é isso que estes estudantes alienados, filhos de papai que tem grana, merecem".