O presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) cumpriu agenda de campanha nesta quarta-feira (11), em Pelotas. Ele desembarcou por volta das 15h no Aeroporto Internacional João Simões Lopes Neto, onde foi recebido por apoiadores e pelo candidato ao governo do Rio Grande do Sul pelo PL, Onyx Lorenzoni. Na chegada, o candidato à reeleição ao Palácio do Planalto concedeu breve entrevista à imprensa.
Bolsonaro foi questionado por um repórter sobre os testes das Forças Armadas sobre a integridade das urnas no primeiro turno das eleições, e respondeu: "quem falou que eu recebi relatório?". Seguindo sua fala, comentou, sem ser perguntado pelos jornalistas, sobre a proposta de aumentar de 10 para 15 os assentos no Supremo Tribunal Federal (STF). "Igual à imprensa falou que eu vou passar para mais cinco no Supremo. Eu falei que isso não estava no meu plano de governo. Botaram na minha conta."
Em relação ao segundo turno, o presidente pediu ao público que compareça às urnas no dia 30 de outubro. E ainda sinalizou que seus apoiadores devem permanecer, até o final da contagem de votos, nas regiões próximas às seções eleitorais. "No próximo dia 30, de verde e amarelo, vamos votar. E mais do que isso: vamos permanecer na região da seção eleitoral até a apuração do resultado", afirmou durante comício no Parque da Fenadoce, onde discursou para o povo ali presente.
No evento, Bolsonaro fez críticas a Lula e ao PT, e a governos de esquerda da América Latina, como os vigentes na Argentina, Colômbia, Chile, Venezuela e Nicarágua. "Há aproximadamente dez anos, estive aqui na vizinha Argentina e falei: se aquele candidato ganhar estas eleições contra o governo daquele momento, este país tomaria os rumos da nossa Venezuela. E não deu outra, nós sabemos o que acontece aqui ao lado. Lamentamos pelos nossos irmãos argentinos. E quando se fala em Venezuela, lá é o pais mais rico do mundo em petróleo, cujo povo se encontra numa situação de pobreza pior do que os haitianos", disse Bolsonaro.
Em referência ao governo de Daniel Ortega, na Nicarágua, o presidente afirmou: "[vou] dizer a vocês, que o que acontece lá [na Nicarágua] pode acontecer aqui, creio que todos sabem disso", disse o presidente.
Bolsonaro ainda enalteceu a gestão econômica de seu governo, afirmando que "pela décima quinta semana consecutiva, o mercado avalia para mais os números da economia".
O presidente também ressaltou o resultado das eleições para a Câmara dos Deputados e do Senado. "Tenho certeza que com a Câmara e o Senado Federal bem mais voltado para a centro-direita, com cores mais verde e amarela do que vermelha, nós temos condições de rapidamente aprovarmos as contas que interessam aos nossos estados e ao nosso Brasil, bem como sepultar de vez aquelas propostas da esquerda, que tanto ofendem a família brasileira", afirmou Bolsonaro. Ele encerrou a sua fala com o bordão "Brasil acima de tudo, Deus acima de todos", e foi aplaudido pelos apoiadores.