Em relação à estatal, Ranolfo entende que é importante fazer a venda ainda nesta gestão, em 2022. "O risco de não fazer é o que mais me preocupa", destacou o governador ao participar da reunião-almoço Tá na Mesa, da Federasul nesta quarta-feira (13).
"Desde o primeiro momento, quando recebi a decisão do TCE e fazendo uma conta de tempo, eu passei a cada dia me convencendo, que caso fôssemos recorrer, perderíamos mais tempo com relação a privatização da Corsan", explicou o chefe do Executivo gaúcho.
Para Ranolfo, todo o processo de privatização e de concessões deve passar pelo crivo do TCE. "Embora discorde da decisão do Tribunal com relação à Companhia, eu entendo como fundamental respeitar a decisão do TCE com um ente fiscalizador do serviço público", afirmou.
O governador explicou que o Executivo estadual não quer perder mais tempo e, por isso, decidiu não iniciar uma nova modelagem de privatização. "Tudo que foi feito até o momento com relação à oferta de ações da Corsan não vai ser perdido. Nós temos condições, segundo a área técnica e do presidente da Corsan, Roberto Barbuti, de fazer essa oferta ainda no final do segundo semestre deste ano e a venda tradicional de 100% da Corsan assim como foi feita com a CEEE e a Sulgás", destacou. Segundo Ranolfo, a privatização da Companhia tem o acompanhamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que participou da modelagem.
Ranolfo reiterou, ao responder perguntas de empresários, que o risco de não fazer a privatização da Corsan é que o mais preocupa o governo estadual neste momento. "Existem contratos da Corsan com 317 municípios e uma contraprestação de serviços." De acordo com o governador, os municípios poderão romper os contratos a partir do dia 31 de dezembro deste ano e, no momento que isso acontecer, a companhia vai perder valor e receita.
"Corremos um sério risco e, com o Marco Legal do Saneamento, a Corsan terá que investir R$ 13 bilhões nos próximos 10 anos", projetou, recurso que não seria viabilizado apenas pela estatal. Para Ranolfo, o custo do não fazer é que preocupa o governo do Estado. "Se não avançarmos neste processo poderemos ter uma situação muito complicada para a Corsan", acrescentou.