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Municipalismo

- Publicada em 04 de Julho de 2022 às 20:27

Municípios gaúchos podem ter perdas de quase R$ 12 bilhões

Paulo Ziulkoski, presidente da Confederação Nacional dos Municípios, concede entrevista coletiva na sede da CNM

Paulo Ziulkoski, presidente da Confederação Nacional dos Municípios, concede entrevista coletiva na sede da CNM


/AGÊNCIA CNM/DIVULGAÇÃO/JC
Os 497 municípios do Rio Grande do Sul podem ter uma perda de receita estimada em R$ 11,7 bilhões em decorrência de medidas federais de redução de arrecadação, aumento de despesas e liminares impedindo a distribuição de recursos. A diminuição de verbas acontece em decorrência de medidas dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário em nível federal.
Os 497 municípios do Rio Grande do Sul podem ter uma perda de receita estimada em R$ 11,7 bilhões em decorrência de medidas federais de redução de arrecadação, aumento de despesas e liminares impedindo a distribuição de recursos. A diminuição de verbas acontece em decorrência de medidas dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário em nível federal.
O alerta foi dado pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) em entrevista coletiva dada nesta segunda-feira (4) em Brasília. Segundo o presidente da entidade, Paulo Ziulkoski, em nível nacional, essas medidas somam um impacto imediato de R$ 73 bilhões ao ano para os municípios. Se outras pautas ainda em tramitação forem aprovadas, a perda de receita pode chegar a R$ 250,6 bilhões.
As medidas passam pela criação de despesas estruturais, como propostas de criação de pisos salariais pelo Legislativo, como para profissionais de enfermagem e garis, que representam, no Rio Grande do Sul, um impacto de R$ 4,6 bilhões.
Com a renúncia de recursos do ICMS e ICMS do diesel, a perda para os municípios gaúchos seria de R$ 1,3 bilhão.
No caso do Judiciário, a CNM apontou quatro pautas no Supremo Tribunal Federal (STF) com reflexo considerável: A (ADI) nº 7.164, afeta a cota-parte dos municípios brasileiros; a ADI nº 5.835 impede a redistribuição dos recursos do ISS de cartões de crédito e débito, planos de saúde, leasing e outros; a ADI nº 4.917 impede o cumprimento da Lei dos Royalties; e o RE 1008166 determina a obrigatoriedade de oferta de creche para crianças de 0 a 5 anos. Essas três últimas, no Rio Grande do Sul, equivalem a R$ 3,7 bilhões que os municípios deixam de arrecadar.
Na coletiva, Ziulkoski alertou que "sem esses recursos, teremos queda de qualidade nos serviços, no transporte e na merenda escolar, além de dificuldade no pagamento de servidores", advertiu.
Para tentar barrar as medidas, integrantes do movimento municipalista se reúnem nesta terça-feira em Brasília. A CNM aguarda cerca de mil pessoas para uma mobilização na sede da entidade às 9h. Às 11h, está marcada uma reunião com parlamentares para debater as pautas. A confederação defende principalmente a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 122/2015, que proíbe a União de criar encargos financeiros para os Entes subnacionais sem previsão de transferência para o seu custeio. A matéria ainda aguarda deliberação do plenário da Câmara dos Deputados.

Municípios mais afetados por medidas federais

  • Porto Alegre  -  R$1.396.517.198
  • Caxias do Sul  -  R$556.823.278
  • Pelotas  -  R$ 507.147.261
  • Canoas  -  R$ 406.822.354
  • Novo Hamburgo  -  R$ 250.647.640
  • Gravataí  -  R$ 219.295.495
  • Santa Maria  -  R$ 203.948.249
  • Rio Grande  -  R$ 196.896.071
  • Passo Fundo  -  R$ 172.892.987
Fonte: CNM