O prefeito defende, desde a abertura do processo, em 5 de agosto, que as denúncias de que é alvo têm por objetivo tirá-lo do próximo pleito. “Esse é um impeachment para me tirar das eleições, é o impeachment daqueles que vão voltar a fazer tudo aquilo que eu não deixei fazer nesse governo”, afirma.
Referindo-se a um novo ingresso na Justiça contra o processo de impeachment, o prefeito afirmou que irá avaliar juridicamente as alternativas e ações que poderá tomar já que se disse impressionado com as decisões tomadas pelo Legislativo durante a reunião de hoje. Marchezan garante que o rito adotado pela Câmara não segue determinações legais por ausência, por exemplo, de juízo de admissibilidade.
Seguindo o que já havia sido colocado durante reunião da Comissão Processante pelo vereador da base Ramiro Rosário (PSDB), Marchezan destacou que os documentos protocolados em sua defesa foram disponibilizados apenas ao relator, o vereador Alvoni Medina (Republicanos). Além disso, afirmou que o presidente da Comissão Processante, vereador Hamilton Sossmeier (PTB), já havia se manifestado garantindo que não leria o processo e defesa apesar de se colocar de maneira favorável ao impedimento.
Marchezan garante que há, por parte dos vereadores “uma vontade de que esse processo acabe rápido e que eu seja retirado do processo eleitoral. Além de me tirar da eleição eles querem ter acesso ao orçamento da prefeitura”, afirmou.
O líder do Executivo também se manifestou de forma descontente ao fato de poder arrolar somente dez testemunhas ao processo. Anteriormente, na peça de defesa prévia, o prefeito definiu 29 testemunhas ao longo das acusações.
Se dirigindo à população de Porto Alegre, Marchezan defendeu não ser corrupto e disse não fazer parte da história que levou Porto Alegre a colunas policiais. “Meu compromisso era mudar isso e eu mudei. Não cometi ilegalidade. Não é através de impeachment ou ameaça que vão me modificar”, disse.