As cidades já haviam apresentado proposta ao Estado dentro da ideia de "cogestão regional de modelos e protocolos regionalizados de distanciamento", disse a procuradoria. O decreto 55.240/2020, que instituiu o sistema, tem abrangência estadual, advertiu a PGE. A associação alegou que enviou a proposta, mas não obteve resposta.
A intenção de fazer compartilhamento da gestão foi apresentada pelo governador Eduardo Leite. A Famurs e as associações rejeitaram inicialmente. Depois
o governo enviou ofício à federação para pedir novamente exame da proposta. Leite, porém, advertiu que novos protocolos não poderiam liberar o que cada bandeira já define de restrições.
No começo da semana, um grupo de parlamentares ingressou no Supremo Tribunal Federal (STF) com ação
pedindo a suspensão do distanciamento para dar autonomia aos municípios sobre medidas para combater a pandemia.
Em nota, a PGE destacou que está havendo o diálogo com os municípios e as entidades e que o sistema mostrou "confiabilidade e segurança necessárias". Também reforça que o monitoramento é permanente.
"Não há que se falar em 'cogestão regional de modelo', 'protocolos regionalizados de distanciamento' expedidos por meio de atos municipais individualizados ou quaisquer outras formas de compartilhamento de definições sobre medidas segmentadas", advertiu a autoridade.
A Federação das Associações de Municípios emitiu nota no fim da tarde informando que já recebeu 24 propostas de associações regionais para alteração do modelo de distanciamento controlado. Além disso, a Famurs disse que terá reunião na terça-feira (4) com o secretário de Apoio e Articulação do Governo do Estado, Agostinho Meirelles, e os presidentes das 27 entidades regionais para tratar das sugestões. "A Famurs realiza também uma consulta com os 497 prefeitos e prefeitas do RS", acrescentou.