O prefeito de Porto Alegre Nelson Marchezan Júnior, ao participar de live com o governador Eduardo Leite no final da tarde desta segunda-feira (22), confirmou que devido à velocidade de disseminação da Covid-19 na capital gaúcha nas últimas semanas e do aumento da ocupação de leitos de UTI pela doença, deverá anunciar medidas restritivas mais fortes para as atividades dos porto-alegrenses, nos mesmos moldes do que ocorreu no mês de março.
Desta forma, comércios seriam fechados e restaurantes teriam permissão apenas para entregas e retiradas em balcão, por exemplo. Além disso, passam a valer em Porto Alegre novos protocolos do distanciamento controlado estabelecidos pelo Estado e anunciados por Leite, garantindo assim o fechamento dos restaurantes, bares e lanchonetes ao público externo, atendimento em academias e clubes apenas individualmente, a lotação máxima de 30 pessoas em igrejas, missas e cultos.
Além disso, os serviços públicos municipais poderão funcionar com mais de 25% de servidores e o transporte público com mais de 50% de lotação, se assim as cidades acharem necessário e desde que fiscalizem as medidas de segurança. Bancos e lotéricas poderão funcionar de acordo com medidas municipais e setores da indústria poderão operar com 75% de profissionais, com intuito de não inviabilizar segmentos do setor.
Machezan e Leite reforçaram que trabalham em consonância e com o mesmo propósito e que não há nenhuma divergência entre as gestões no enfrentamento à Covid-19. Ambos lamentaram ter de restringir atividades econômicas, mas rerfoçaram a necessidade de adotar medidas mais efetivas para evitar aumento ainda maior da disseminação. "Nosso adversário é o coronavírus", disse Marchezan.
O prefeito também comentou que não há falta de previsibilidade nem de estrutura hospitalar na cidade, mas disse que é impossível controlar a expansão do vírus, se não apertar as restrições. "A partir desta semana vamos ampliar as restrições, parecido com o que tivemos no mês de março", ressaltou.
Já Leite reiterou o trabalho conjunto para restringir a velocidade do vírus e mitigar os prejuízos às atividades econômicas. " Nenhum de nós têm prazer em impor restrições severas à população, mas estamos em semanas mais sensíveis e precisamos da ajuda da população para termos menos exposição e contágio", enfatizou o governador.