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Economia

- Publicada em 16 de Junho de 2020 às 18:19

Leite volta atrás e regiões de Santa Maria e Santo Ângelo retomam bandeira laranja

Governador manteve a bandeira vermelha para as regiões de Uruguaiana e Caxias

Governador manteve a bandeira vermelha para as regiões de Uruguaiana e Caxias


FACEBOOK/REPRODUÇÃO/JC
Fernanda Crancio
Após uma série de contestações de prefeitos ao modelo do distanciamento controlado e de ameaças de descumprimento das restrições determinadas, o governo gaúcho acolheu reivindicações dos gestores, reavaliou indicadores técnicos e rebaixou as regiões de Santa Maria e Santo Ângelo da bandeira vermelha para a laranja. As demais regiões que também estavam com bandeira vermelha, Uruguaiana e Caxias do Sul, no entanto, permanecerão com essa indicação.
Após uma série de contestações de prefeitos ao modelo do distanciamento controlado e de ameaças de descumprimento das restrições determinadas, o governo gaúcho acolheu reivindicações dos gestores, reavaliou indicadores técnicos e rebaixou as regiões de Santa Maria e Santo Ângelo da bandeira vermelha para a laranja. As demais regiões que também estavam com bandeira vermelha, Uruguaiana e Caxias do Sul, no entanto, permanecerão com essa indicação.
Segundo o governador Eduardo Leite, os ajustes no distanciamento controlado foram motivados pelo amplo diálogo que vem sendo traçado com prefeitos, comunidade cientifica e econômica, no intuito de encontrar a melhor forma de equilibrar a proteção à vida e às atividades econômicas. "O processo de ponderação e diálogo fortalece o nosso modelo", destacou.
Leite informou que após a análise dos dados apresentados pelas prefeituras das quatro regiões que migraram no sábado para a bandeira vermelha, foi possível reavaliar alguns indicadores determinantes para a tomada de decisão quanto ao rebaixamento ou manutenção das cores das bandeiras nesta semana.
Assim, as macrorregiões de Santa Maria e Santo Ângelo retornaram à bandeira laranja, que representa risco médio e dá margem à abertura do comércio, das indústrias e serviços, desde que respeitados os protocolos sanitários e de proteção à disseminação da Covid-19.
No caso da região de Santa Maria, pesou o fato de a informação de sete leitos disponíveis para pacientes com Covid-19 não terem sido lançados no sistema a tempo da mudança de bandeira, no sábado (13), o que mudou os indicadores. Com a correção e inclusão desses dados, a região voltou à condição necessária à manutenção da bandeira laranja.
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Já na região de Santo Ângelo havia uma incorreção nos dados de casos de internações hospitalares, já que dos 15 casos indicados, cinco deles correspondiam a informações da semana anterior e que não haviam sido registradas no sistema. Dessa forma, constatou-se uma estabilidade nos números de internações e de disponibilidade de leitos livres, e não houve clareza em relação ao aumento de casos na região missioneira, o que fez com que o governo retrocedesse a região para a bandeira laranja.
Nas regiões de Caxias do Sul e Uruguaiana, embora os representantes municipais tenham apresentado dados e reivindicado o rebaixamento para a bandeira laranja, essa migração não foi possível, por conta de inflexão em indicadores apresentados. Segundo demonstrou o governador, a região de Uruguaiana manteve a condição de bandeira vermelha, por conta da alta incidência de casos e internações hospitalares, apesar da melhora no número de novos leitos disponíveis. Já a de Caxias do Sul registrou aumento nos números de casos e internações por Covid-19, fazendo com que os dados apresentados pelos prefeitos não fossem suficientes para modificar a bandeira.
Além das alterações nas bandeiras das duas regiões, o Executivo anunciou ainda mudança no que chamou de "governança dos dados" do distanciamento controlado, permitindo a abertura de contestação semanal das prefeituras às bandeiras anunciadas e análise da equipe de governo antes da divulgação das bandeiras semanais. Com isso, o novo mapa do distanciamento controlado será consolidado pelo governo às quintas-feiras e passará a ser divulgado às sextas-feiras, e não mais aos sábados, permitindo contestações ao longo do final de semana. Essas observações das prefeituras serão analisadas pelo gabinete de crise do Piratini na segunda-feira, e as bandeiras passarão a ter validade nas terças-feiras, colhidos ou não os ajustes necessários.
"Não faz sentido nos apegarmos a formalismos que vão gerar repercussões tão pesadas à vida das pessoas e ficarmos presos a dados lançados de forma errada", disse, referindo-se aos casos das regiões de Santa Maria e Santo Ângelo, que haviam migrado anteriormente para a bandeira vermelha pela falta de atualização no sistema de dados referentes a leitos disponibilizados.
Outra mudança é o fato de que as regiões com bandeira vermelha não terão mais de permanecer com esse indicativo por duas semanas consecutivas, passando a ter avaliação semanal dos riscos que determinam as bandeiras.
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