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Eleições 2012

- Publicada em 29 de Outubro de 2012 às 00:00

Haddad confirma vitória em São Paulo


YASUYOSHI CHIBA/AFP/JC
Jornal do Comércio
Lançado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sem nunca ter disputado um cargo nas urnas, o professor universitário e ex-ministro Fernando Haddad (PT), 49 anos, foi eleito ontem para administrar São Paulo nos próximos quatro anos.
Lançado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sem nunca ter disputado um cargo nas urnas, o professor universitário e ex-ministro Fernando Haddad (PT), 49 anos, foi eleito ontem para administrar São Paulo nos próximos quatro anos.
O novo prefeito da maior cidade do país recebeu 55,6% dos votos válidos no segundo turno, contra 44,4% do ex-prefeito e ex-governador José Serra (PSDB), 70 anos.
Sua vitória devolve a capital paulista ao PT oito anos depois de Marta Suplicy ser vencida por Serra em sua tentativa de se reeleger. Ex-ministro da Educação nos governos Lula e Dilma Rousseff, Haddad atribuiu sua vitória ao padrinho político em discurso logo após a confirmação do resultado.
“Agradeço ao presidente Lula do fundo do meu coração pela confiança, pela orientação e pelo apoio sem os quais seria impossível lograr qualquer êxito”, disse. O petista marcou a campanha por críticas ao prefeito Gilberto Kassab (PSD), sucessor e aliado de Serra, hoje com baixo índice de aprovação.
“Fui eleito pelo sentimento de mudança que domina a alma de São Paulo”, afirmou, no discurso da vitória. Ele também reforçou as promessas ao eleitorado mais pobre. Disse que seu principal desafio será diminuir a “grande desigualdade existente na cidade e derrubar o muro que separa a cidade rica da cidade pobre”.
Num aceno à classe média e à intelectualidade, prometeu “recuperar a alma criativa e o espírito de empreendedorismo”. “Nossa intelectualidade nunca perdeu a capacidade de pensar, mas a prefeitura perdeu a capacidade de atraí-la”, disse.
A escolha de Haddad como candidato frustrou políticos tradicionais do PT como Marta, que queria se candidatar pela quarta vez seguida. Forçada por Lula a desistir, boicotou a campanha até agosto, quando foi convidada por Dilma para o Ministério da Cultura.
O petista começou o ano com 3% das intenções de voto. Pouco conhecido, só subiu nas pesquisas após gasto maciço em propaganda.
Em junho, enfrentou a renúncia da vice Luiza Erundina após selar aliança com Paulo Maluf (PP), adversário histórico do PT. Ontem, o ex-prefeito subiu ao palanque de Haddad na comemoração num hotel na região da avenida Paulista.
A reta final da eleição coincidiu com o fim do julgamento do mensalão, em que petistas foram condenados. O caso foi explorado por Serra num segundo turno marcado pela troca de acusações.
Lula não foi ao discurso da vitória. Segundo aliados, não queria ofuscar o prefeito eleito.

Ministra reconhece a escolha de Lula como correta

A ministra da Cultura e ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy admitiu ontem que a escolha de Fernando Haddad como candidato à prefeitura pelo ex-presidente Lula foi correta.
“Lula tem a maior intuição, o maior tirocínio político que este País viu em muito tempo”, disse ela, que pleiteava ser a candidata e afirmou, em várias ocasiões, que estava triste por ter sido preterida.
“Ele estava certo: a força interna e a capacidade de visão que teve, ainda mais numa situação adversa de câncer e com o PT enfrentando circunstâncias difíceis, foram incríveis.”
Marta resistiu a aderir à campanha de Haddad. Só o fez depois de ter sido nomeada para o ministério.
Ela criticou o adversário do ex-ministro da Educação, José Serra (PSDB). Derrotada pelo tucano na eleição de 2004, ela disse que Serra “se enforcou com a própria corda”. “Ficaram evidentes as armadilhas que fazia. Foi bom ver que os paulistanos perceberam e deram o troco”.
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