Raquel Cavalleri
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), ansiedade e depressão são responsáveis pela perda de 12 bilhões de dias de trabalho por ano, gerando um impacto econômico próximo de 1 trilhão de dólares. Em um cenário como esse, ignorar a saúde mental nas empresas deixou de ser um detalhe — tornou-se um risco à sustentabilidade dos negócios.
Durante muito tempo, o tema foi tratado como ação pontual ou parte de campanhas de responsabilidade social. Hoje, o sofrimento psíquico mostra efeitos concretos sobre produtividade, engajamento, absenteísmo e retenção de talentos. A mudança necessária vai além do discurso: requer o reconhecimento do colaborador como alguém com emoções, limites e histórias.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), ansiedade e depressão são responsáveis pela perda de 12 bilhões de dias de trabalho por ano, gerando um impacto econômico próximo de 1 trilhão de dólares. Em um cenário como esse, ignorar a saúde mental nas empresas deixou de ser um detalhe — tornou-se um risco à sustentabilidade dos negócios.
Durante muito tempo, o tema foi tratado como ação pontual ou parte de campanhas de responsabilidade social. Hoje, o sofrimento psíquico mostra efeitos concretos sobre produtividade, engajamento, absenteísmo e retenção de talentos. A mudança necessária vai além do discurso: requer o reconhecimento do colaborador como alguém com emoções, limites e histórias.
Ambientes que sustentam e não adoecem
Criar espaços psicologicamente seguros deixou de ser um diferencial para se tornar um pré-requisito, e isso se traduz em resultados concretos. Quando bem-estar e desempenho caminham lado a lado, cai por terra o mito de que é preciso escolher entre saúde e excelência. Segundo a consultoria Korn Ferry, profissionais que enxergam propósito no que fazem produzem até 50% mais e têm 30% menos propensão a buscar outra oportunidade.
Ou seja, organizações que escutam, acolhem e apoiam emocionalmente suas equipes não apenas previnem o adoecimento, mas constroem ambientes onde as pessoas querem estar, contribuir e permanecer.
Ou seja, organizações que escutam, acolhem e apoiam emocionalmente suas equipes não apenas previnem o adoecimento, mas constroem ambientes onde as pessoas querem estar, contribuir e permanecer.
O desafio da coerência institucional
Dados recentes do Ministério da Previdência Social expõem que, em 2024, o Brasil registrou quase meio milhão de afastamentos por questões psíquicas, o maior número da última década. Ainda há, em muitos lugares, a lógica que valoriza metas abusivas, jornadas exaustivas e a ausência de escuta real. Um modelo de gestão cobra um preço alto — em capital humano, reputação e resultados.
A construção de uma cultura corporativa saudável exige mais do que iniciativas esporádicas ou simbólicas. Exige estrutura, planejamento e continuidade. E algumas organizações já vêm dando grande passo ao colocar a saúde mental como um dos pilares estratégicos da gestão. O reflexo dessa escolha está em programas estruturados de bem-estar emocional, com acompanhamento psicológico, práticas de saúde preventiva e medidas que promovem o cuidado como hábito cotidiano.
A construção de uma cultura corporativa saudável exige mais do que iniciativas esporádicas ou simbólicas. Exige estrutura, planejamento e continuidade. E algumas organizações já vêm dando grande passo ao colocar a saúde mental como um dos pilares estratégicos da gestão. O reflexo dessa escolha está em programas estruturados de bem-estar emocional, com acompanhamento psicológico, práticas de saúde preventiva e medidas que promovem o cuidado como hábito cotidiano.
Coordenadora de Saúde Mental na HealthBit