Porto Alegre, sáb, 03/05/25

Anuncie no JC
Assine agora

Publicada em 21 de Abril de 2025 às 18:17

Quando a prefeitura faz o que Brasília não quer, por Diogo Siqueira, prefeito de Bento Gonçalves

Diogo Siqueira (PSDB), prefeito de Bento Gonçalves

Diogo Siqueira (PSDB), prefeito de Bento Gonçalves

/Prefeitura de Bento Gonçalves/Divulgação/JC
Compartilhe:
JC
JC
Diogo Siqueira
Diogo Siqueira
Num país onde a pobreza virou ativo político, Bento Gonçalves escolheu devolver às pessoas aquilo que Brasília tenta adiar: autonomia. Não por descaso com os vulneráveis, mas por respeito. Aqui, a ajuda é ponto de partida — nunca ponto final.
O Bolsa Família tem seu valor, sobretudo quando ampara mães solo, idosos, inaptos e crianças em situação de risco. Mas o que se vê com frequência é a distorção de um programa que deveria ser emergencial, transformado em modelo permanente de vida. Uma engrenagem de dependência institucionalizada, que sufoca o mérito e naturaliza o desemprego.
Em Bento, optamos por outro caminho. Um caminho que incomoda os acomodados: o da dignidade via trabalho. A Prefeitura tem ido onde ninguém quer ir. Bate de porta em porta, escuta histórias, confronta desculpas e oferece oportunidades. É isso mesmo. Aqui, a Prefeitura não assiste. Age.
Se o cidadão está saudável, em idade ativa e com plenas condições de trabalhar, ele será encaminhado ao mercado de trabalho. E mais: será levado até o local da entrevista e ao primeiro dia de trabalho, para não gerar desculpas. A busca é por vagas próximas da casa de cada um, para facilitar o início da nova jornada. A meta? Tirar cada vez mais pessoas da dependência e levá-las a caminhar com as próprias pernas.
O resultado já é visível: Bento Gonçalves é, hoje, a cidade com mais de 100 mil habitantes com o menor número de beneficiários do Bolsa Família no País. E vamos reduzir ainda mais.
Essa postura firme não é falta de compaixão. Ao contrário. É a verdadeira compaixão: aquela que não infantiliza, mas fortalece. Que não cria coitadinhos, mas cidadãos. Que acredita que o povo gaúcho — e o brasileiro — é feito de fibra, não de muleta.
Que isso incomoda? Com certeza. Quem lucra com o assistencialismo eleitoral não quer perder terreno. Mas Bento não governa para agradar as estatísticas de Brasília. Governa para mudar vidas. É o clássico jeito de Bento.
O Brasil precisa de menos tutela e mais trabalho. De menos clientelismo e mais esforço. Ninguém aguenta mais tanto coitadismo. Se mais cidades tivessem coragem de contrariar a cartilha do comodismo, talvez o Brasil começasse, enfim, a andar, mais uma vez, com as próprias pernas.
Prefeito de Bento Gonçalves (PSDB)
 

Notícias relacionadas

Comentários

0 comentários