Bruna Maria de Medeiros Benvenga
A relação da sociedade com o trabalho é complexa e fundamental, não apenas por questões tangíveis, mas também pela dignidade, estima e mobilidade que nos são conferidas. Essa relação tende a acompanhar as mudanças econômicas e culturais de uma civilização e tende a se moldar aos comportamentos sociais em que está inserida.
Traçando um recorte de gênero, as mulheres carregam uma história de desigualdade, submissão e de participação limitada em relação aos homens. O patriarcado é um sistema social que, ao longo dos anos, organizou as sociedades de maneira hierárquica, com os homens ocupando posições de poder e autoridade em diversas esferas, como na política, na religião e no mercado de trabalho, criando inúmeros obstáculos para a presença ativa das mulheres em determinados setores.
Ainda que tenhamos conquistado espaços importantes, precisamos conviver com o machismo, muitas vezes velado, e desafiá-lo em nossas relações de trabalho ou mesmo pessoais. Por experiência própria, posso dizer que alguns setores são mais estigmatizados, estereotipados e “masculinizados” do que outros, como a construção civil, que ainda é majoritariamente ocupada por homens: segundo a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAIM), no mercado formal, há apenas 9,2% de participação feminina nesse setor.
A equidade de gênero não se resume a garantir que as mulheres ocupem o mesmo número de vagas que os homens. Trata-se de criar condições justas para que elas tenham as mesmas oportunidades de desenvolvimento, ascensão profissional e para que questões históricas também sejam reparadas. Mulheres em posições de liderança enfrentam desafios distintos, desde a desvalorização de suas decisões até a pressão para se comportarem de maneira "masculina" para serem levadas a sério.
A minha história, assim como a de diversas colegas com quem tenho o prazer de trabalhar todos os dias, mostra a importância de não só oferecer oportunidades em igualdade para mulheres, como também em criar um ambiente de trabalho de fato colaborativo e diverso, com programas de desenvolvimento, carreira e liderança, com iniciativas que visem o nosso bem-estar e com uma conduta livre de assédio e preconceitos.
Ainda existem muitos desafios a serem superados em um mercado de trabalho que ainda tem uma minoria de mulheres atuando em condições de equidade de gênero. Esse é um projeto que eu gostaria de ver sair da “prancheta” com a mesma agilidade que construímos novos restaurantes.
Graduada e mestre em Arquitetura e Urbanismo e ocupa a posição de Gerente Sênior de Projetos de Engenharia na Divisão Brasil da Arcos Dorados
A relação da sociedade com o trabalho é complexa e fundamental, não apenas por questões tangíveis, mas também pela dignidade, estima e mobilidade que nos são conferidas. Essa relação tende a acompanhar as mudanças econômicas e culturais de uma civilização e tende a se moldar aos comportamentos sociais em que está inserida.
Traçando um recorte de gênero, as mulheres carregam uma história de desigualdade, submissão e de participação limitada em relação aos homens. O patriarcado é um sistema social que, ao longo dos anos, organizou as sociedades de maneira hierárquica, com os homens ocupando posições de poder e autoridade em diversas esferas, como na política, na religião e no mercado de trabalho, criando inúmeros obstáculos para a presença ativa das mulheres em determinados setores.
Ainda que tenhamos conquistado espaços importantes, precisamos conviver com o machismo, muitas vezes velado, e desafiá-lo em nossas relações de trabalho ou mesmo pessoais. Por experiência própria, posso dizer que alguns setores são mais estigmatizados, estereotipados e “masculinizados” do que outros, como a construção civil, que ainda é majoritariamente ocupada por homens: segundo a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAIM), no mercado formal, há apenas 9,2% de participação feminina nesse setor.
A equidade de gênero não se resume a garantir que as mulheres ocupem o mesmo número de vagas que os homens. Trata-se de criar condições justas para que elas tenham as mesmas oportunidades de desenvolvimento, ascensão profissional e para que questões históricas também sejam reparadas. Mulheres em posições de liderança enfrentam desafios distintos, desde a desvalorização de suas decisões até a pressão para se comportarem de maneira "masculina" para serem levadas a sério.
A minha história, assim como a de diversas colegas com quem tenho o prazer de trabalhar todos os dias, mostra a importância de não só oferecer oportunidades em igualdade para mulheres, como também em criar um ambiente de trabalho de fato colaborativo e diverso, com programas de desenvolvimento, carreira e liderança, com iniciativas que visem o nosso bem-estar e com uma conduta livre de assédio e preconceitos.
Ainda existem muitos desafios a serem superados em um mercado de trabalho que ainda tem uma minoria de mulheres atuando em condições de equidade de gênero. Esse é um projeto que eu gostaria de ver sair da “prancheta” com a mesma agilidade que construímos novos restaurantes.
Graduada e mestre em Arquitetura e Urbanismo e ocupa a posição de Gerente Sênior de Projetos de Engenharia na Divisão Brasil da Arcos Dorados